Comex do Brasil
A malha aérea é tema fundamental quando se trata de turismo de longa distância. Da Europa para o Brasil são aproximadamente 880 voos por mês. No total, são 274 mil assentos disponíveis para turistas virem do velho continente para o nosso País mensalmente. Somente da Alemanha, atualmente, são cerca de 90 aeronaves que partem diretamente rumo ao Brasil, com mais de 30 mil assentos acessíveis aos turistas internacionais.
Em busca da ampliação da criação de rotas rumo ao Brasil, a Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) está realizando uma série de reuniões com empresas aéreas, como o Grupo Lufthansa, a Latam e a Condor, que já realizam voos diretos do país germânico.
“O Brasil, há algum tempo, está na casa dos 6 milhões de turistas estrangeiros. O País tem uma meta de dobrar este número até 2022 e, para isto, é indispensável que nossos aeroportos passem a receber mais voos de outros países”, declarou a presidente da Embratur, Teté Bezerra, durante encontro com representantes de aéreas na ITB Berlim, que acontece até o próximo dia 10 de março.
“Estamos analisando outras oportunidades para o Brasil. Nossos clientes já vão da Europa ao Brasil por meio dos nossos hubs do Grupo Lufthansa. Nossa ideia é, no futuro, conectar o mundo ao Brasil através dos nossos hubs de todo o planeta”, frisou a vice-presidente de vendas da Lufthansa, Heike Birlenbach.
O Brasil também está no radar das companhias aéreas internacionais, porque sua localização central é considerada estratégica e diversas companhias usam os aeroportos brasileiros como ponto de conexão para distribuição de voos para os países vizinhos na América Latina. Portanto, práticas como o stopover, que é a possibilidade de que passageiros possam passar de dois até cinco dias em uma cidade de conexão sem pagar um novo bilhete, passam a ser consideravelmente oportunas para ampliar a estada de turistas nestas cidades-chave.
“A aviação é uma atividade intrínseca para realização do turismo. A globalização e a abertura comercial mundial acompanha esta escalada no movimento de viajantes ao redor do mundo. O Brasil, por seus recursos naturais e desenvolvendo uma agenda liberal que favorece o ambiente de negócios, poderá ter no turismo um catalisador para geração de divisas e empregos”, disse Alisson Andrade, assessor técnico da Embratur.
Em Berlim, no estande da Embratur, as secretarias de turismo de estados como do Rio de Janeiro, Pará e Bahia estão em contato com as companhias aéreas e aproveitando o ambiente da feira para atrair estas empresas e garantir mais desembarques em seus aeroportos.