Agenda Internacional da Indústria 2019, que será lançada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em março, apresenta os cenários internacional e doméstico que podem influenciar o comércio exterior do Brasil neste ano
CNI
Em 2019, as exportações nacionais serão afetadas pelo desequilíbrio externo dos Estados Unidos, o aperto monetário nos mercados desenvolvidos, a crise argentina e o endividamento chinês, além das negociações para um acordo em torno do Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia.
A análise faz parte da Agenda Internacional da Indústria 2019, que será lançada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em março. Em sua quarta edição, o documento analisa o cenário internacional e o impacto das economias desenvolvidas e em desenvolvimento no comércio exterior brasileiro.
A Agenda Internacional da Indústria apresentará ações em 18 temas: nove relacionados à influência sobre política comercial e outros nove referentes aos serviços de apoio à internacionalização. Ela é resultado de um processo de construção conjunta que envolve as federações das indústrias, associações e sindicatos de indústria e empresas exportadoras de todos os portes, pequenas, médias e grandes.
Separamos três gráficos para demonstrar essas influências:
- PREVISÃO DE CRESCIMENTO DA ECONOMIA E DO COMÉRCIO MUNDIAL
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê crescimento da economia mundial de 3,5%, inferior em 0,4 pontos percentuais ao crescimento previsto em abril de 2018. No cenário básico do FMI – que leva em conta as medidas protecionistas adotadas pelos EUA, e por outros países em retaliação até setembro de 2018 –, as economias desenvolvidas vão crescer 2% e, aquelas em desenvolvimento, 4,5%.
- PAÍSES ASIÁTICOS LIDERAM CRESCIMENTO
A tendência à convergência das taxas de crescimento, que ocorreu entre os países desenvolvidos em 2017, começa a se desfazer. Os EUA devem crescer 2,5%; a zona do Euro, 1,9%; e o Japão, 0,9%.
Entre as economias em desenvolvimento, a Ásia continua sendo a região mais dinâmica. Os mercados asiáticos e em desenvolvimento estimam crescimento de 6,3%, lideradas pela Índia, com 7,5%. A China deverá registrar crescimento de 6,2%.
A Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) formado por Indonésia, Tailândia, Vietnã, Singapura, Filipinas, Malásia, Myanmar, Camboja, Laos, Brunei deve crescer 5,1%.
- AMÉRICA LATINA E CARIBE CRESCEM MENOS DO QUE BRASIL
O crescimento esperado para América Latina e Caribe é de 2%, com o Brasil crescendo 2,4% e, o México, 2,5%. A Argentina registrará queda de 1,6%, acentuando a recessão, enquanto Chile, Peru e Colômbia deverão crescer a taxas entre 3,5% e 4%.