Comex do Brasil
Um forte aumento de 892,4% nas importações realizadas pela Venezula foi o principal responsável pelo crescimento substancial das exportações brasileiras de arroz entre os meses de janeiro a novembro, totalizando US$ 404 milhões, montante superior em 78,5% à receita obtida com as vendas externas do produto no mesmo período de 2017. Em volume, as exportações totalizaram 1,24 milhão de toneladas. Em todo o ano passado as vendas externas de arroz alcançaram 624 mil toneladas.
Com esses números, o arroz ocupou o 16º. lugar no ranking das exportações brasileiras de produtos básicos (0,37% do total embarcado) e o 74% lugar no ranking das exportações totais do País (com 0,18% das exportações totais brasileiras). Este ano, o arroz brasileiro foi exportado para um total de 90 países.
De acordo com Gustavo Ludwig, gerente do Brazilian Rice (projeto realizado pela Associação Brasileira da Indústria do Arroz Abiarroz-, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos –Apex-Brasil), do total exportado em 2018, o arroz em casca se destaca em primeiro lugar pelo registro de 628 mil toneladas, tendo como destino principal a Venezuela. Arroz quebrado e branco destacam-se também com 292 e 220 mil toneladas respectivamente.
“Este ano tivemos uma conjuntura favorável com muito arroz disponível, o real desvalorizado ofertou em um mercado que já reconhece a qualidade do arroz brasileiro”, explica Gustavo Ludwig.
Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), a Venezuela foi, de longe, o principal mercado de destino do arroz brasileiro, com um total de US$ 153 milhões (alta de 792,4% comemorativamente com idêntico período de 2017 e participação de 38% nas exportações brasileiras), seguida pelo Peru (US$ 38 milhões, queda de 3,3% e participação de 9,3%).
Outros países importantes para as exportações brasileiras de arroz foram o Senegal US$ 33 milhões, alta de 22,6% e participação de 8,2%), Cuba (US$ 27 milhões, aumento de 73,9% e participação de 6,7%), Nicarágua (US$ 23 milhões, alta de 8,5% e participação de 5,8%), Gâmbia (US$ 20 milhões, queda de 3,2% e participação e 4,7%), Serra Leoa ( US$ 19 milhões, retração de 22,4% e participação de 4,6%) e Costa Rica (US$ 17 milhões, aumento de 165,1% e participação de 4,2% no volume total das exportações brasileiras do produto).
Principal produtor de arroz do Brasil, o Rio Grande do Sul é também, com ampla margem, o maior exportador entre as unidades federativas brasileiras. Este ano, o setor industrial orizícola gaúcho registrou uma forte alta de 75,4% nas exportações, que geraram receita no valor de US$ 363 milhões, contrarrespondentes a 89,9% do total embarcado.
Em um segundo lugar bem distante dos gaúchos, aparece Santa Catarina, que apesar da alta extraordinária de 1.029,9% realizou embarques no total de US$ 25 milhões. Outros exportadores do produto foram o Rio de Janeiro (US$ 7 milhões, correspondentes a 1,65% do total exportado), Roraima (US$ 4 milhões e parcela de 1,078% das exportações) e Rondônia (US$ 2 milhões, com uma fatia de 0,52% das vendas externas brasileiras de arroz).