Ao contrário do populista prosecco, os vinhos espumantes do país são feitos com as mesmas uvas e com o trabalhoso método usado em Champagne
Por Elin McCoy, da Bloomberg
O boom do prosecco é real: as vendas devem chegar a 412 milhões de garrafas anualmente até 2020, em comparação com 150 milhões há uma década.
Mas essa notícia já é velha.
Está na hora da próxima novidade: os vinhos espumantes pouco conhecidos e de alto nível das regiões Franciacorta e Trentino, no norte da Itália. Ao contrário do populista prosecco, estes são feitos com as mesmas uvas e com o trabalhoso método usado em Champagne, o que lhes confere um estilo e uma elegância semelhantes, mas a um preço muito mais baixo, em média, do que o de seus pares franceses. A qualidade também está melhorando, graças aos enólogos de vanguarda que fomentam as técnicas de viticultura orgânica.
Esses vinhos foram negligenciados porque as regiões são pequenas e pouco do que produzem saía do país. No entanto, isso está mudando. A demanda mundial por vinho espumante está aumentando, e os produtores italianos veem uma oportunidade de capitalizar a popularidade do prosecco nos EUA e no Reino Unido. Tanto os grandes quanto os pequenos produtores de outros vinhos estão se concentrando na qualidade, e os importadores estão tentando encontrá-los. Varejistas on-line adicionaram mais rótulos nos EUA, e as lojas de vinhos começaram a estocar algumas das marcas.