Uma série de eventos, em vários países europeus lembraram o fim da Primeira Guerra Mundial para a qual foram convocados 56 milhões de recrutas.
O dia 11 de novembro, data do Armistício de Compeègne, assinado entre a Alemanha e os Aliados, pôs um desfecho a quatro anos de batalhas. Para relembrar esse momento tão importante , a embaixada da Bélgica, em Brasília, organizou uma extensa programação, na residência oficial belga, no dia 13 de novembro. o tema escolhido para a data foi “Gênero e Etnias em Conflitos Armados”. Entre as atividades a exibição de curta, debate, mostra de fotografia e concerto. O embaixador da Patrick Herman e a esposa participaram da programação juntos com os convidados.
A noite festiva começou com a projeção do documentário “Pelos Olhos de Aracy” do cineasta Ruyter Duarte e da museóloga Marijara Queiroz, sobre a história da Força Expedicionária Brasileira na segunda guerra mundial. Em seguida montou-se uma mesa-redonda sobre o tema “Mulheres nos conflitos armados” com participação da antropóloga e pesquisadora Véronique Durand, da diplomata brasileira conselheira Adriana Tescari e da brasilianista e especialista em gênero Roberta Grigoli (ONU Mulheres)“A Bélgica encoraja sistematicamente a luta nas zonas de conflito ou pós-conflito contra a falta de prevenção, a banalização e a impunidade no que diz respeito à violência contra as mulheres e à violência sexual; colocamos o problema na agenda europeia e internacional e condenamos sistematicamente a violência sexual como arma de guerra, com o objetivo de trabalhar para evitar a impunidade” disse o ministro conselheiro belga Jean-Ludovic de Lhoneux. Segundo ele, essa luta será também uma das maiores prioridades da Bélgica durante o mandato do país no Conselho de Segurança das Nações Unidas em 2019-2020.
As prioridades do governo belga em relação às mulheres, de acordo com Jean-Ludovic , são a saúde e os direitos sexuais e reprodutivos; a educação para meninas e o treinamento para o público feminino; a emancipação econômica e, finalmente, a implementação da Resolução 1325 sobre as mulheres, a paz e a segurança do Conselho de Segurança da ONU, que chama ao reconhecimento do papel feminino na prevenção e na gestão de conflitos e na consolidação da paz.
Como parte do evento, também foi aberta a exposição fotográfica “Primeira Guerra Mundial – Longe de Casa” e, em seguida, a realização de um concerto “Filhas de uma guerra” das talentosas Lisette Meu Neza (poeta slam), Júlia Tygel (pianista) e Tatiana Parra (cantora).
Fotografías : William Verbraekel