Ana Cristina Dib
Entre o julho de 2017 e junho deste ano cinco novos produtos conquistaram o certificado de origem, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para ganhar a certificação, dada pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), os produtos devem ser originários de determinada região geográfica e ter características únicas.
O documento é providenciado pelo exportador e utilizado pelo importador para a comprovação da origem e que permite ao mesmo obter tratamento preferencial e redução ou isenção de tarifas de importação, quando previstas nos acordos comerciais internacionais.
Agora, já são 58 os produtos e serviços com certificações no país. Os novos produtos com selo de identificação geográfica são a farinha de mandioca de Cruzeiro do Sul (AC), o guaraná de Maués (AM), o queijo de Colônia Witmarsum (PR), as amêndoas de cacau da região do sul da Bahia e o socol (embutido de lombo suíno) de Venda Nova do Imigrante (ES).
Segundo o IBGE, a fabricação da farinha de mandioca de Cruzeiro do Sul, no Acre, é uma atividade familiar e comunitária, passada de geração em geração, que é reconhecida por sua qualidade, crocância, granulometria uniforme, torra e sabor característico.
O guaraná de Maués, no Amazonas, é uma tradição antiga dos indígenas saterés-maués. O produto tem alto teor de cafeína (de 3% a 5%) e é chamado pelos índios de “elixir de longa vida”.
O socol de Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo, é semelhante ao presunto e feito a partir do lombo de porco. Ele foi introduzido no Brasil por imigrantes italianos por volta da década de 1880.
As amêndoas de cacau do sul da Bahia, que é um dos principais centros de produção da fruta, têm um índice de fermentação mínimo de 65%, um aroma natural livre de odores estranhos e um teor de umidade inferior a 8%.
Por fim, o queijo produzido em Colônia Witmarsum, no Paraná, abastece mercados em todo o todo o território nacional. Vinte toneladas do laticínio são produzidas todo mês, segundo o IBGE.