Mercado árabe ainda manteve importações de aves e de bovinos
Ana Cristina Dib
Missão técnica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que se realiza na Ásia, possibilitou a abertura do mercado de mel produzido no Brasil na Arábia Saudita. Em reunião no Ministério da Agricultura do país foram fechados os últimos detalhes dos certificados zoosanitários internacionais relativos à exportação de gado vivo, de acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luis Rangel, que lidera a missão. “É um mercado interessante, que importa de diversas origens cerca de 7 milhões de animais por ano”, disse o secretário.
Rangel lembrou que está tendo início uma missão de um mês da Arábia Saudita no Brasil para verificar, não só garantias sanitárias às exportações, mas também as características do abate halal, abate religioso que tem uma exigência complementar sanitária”. O Brasil é um tradicional exportador, cumpre com as regras halal, tem certificadoras privadas que fazem essa complementação e a Arábia Saudita vai verificar os aspectos relacionados aos abates para manter as exportações, explicou.
Sobre o mel, disse ter sido possível “de maneira muito ágil e rápida apresentar o certificado com as nossas garantia de exportação. Abrimos com uma única tacada, pela qualidade do produto brasileiro.”
Ainda sobre a viagem ao país, acrescentou que, além de dar todas as garantias e manter os mercados principalmente de frangos e bovinos abertos, ficou a possibilidade de futuramente ampliar a área de pescado.
Com a participação do diretor do Departamento de Saúde Animal do ministério, Guilherme Marques, a missão teve encontro com autoridades sauditas do setor de segurança alimentar, que avalia inspeção. Nessa reunião foram atualizadas informações em relação a atuações de fiscalizações realizadas no ano passado.
“Todo o relato que fizemos foi bem recebido, assim como todas as argumentações, aspectos e esclarecimentos necessários. Ficaram satisfeitos, principalmente, com a novidade do novo modelo de monitoramento e fiscalização de dados laboratoriais, que vai revolucionar a forma como a gente controla laboratórios e os laudos para certificação. A primeira vez que nós apresentamos isso fora do país foi aqui, e foi muito bem recebido. Fomos, inclusive, convidados para participar de um evento global que acontece no ano que vem sobre segurança do alimentos e avançar nessas discussões com o resto do mundo”, observou.
A última rodada da missão, agora, será em Singapura onde devem ser feitos esclarecimentos do mesmo nível feito na Arábia Saudita. A viagem foi iniciada pela China, passando por Hong Kong e Vietnã.