É dado como certo que na tríplice fronteira (Paraguai, Argentina e Brasil) há células muito ativas do Hezbollah, especialmente no ramo do financiamento do terrorismo. Hezbollah arranjou conexões com o crime organizado e concebeu um esquema de lavagem de dinheiro aproveitando, portanto, de uma economia ilícita naquela região que gira em torno de US$ 43 bilhões por ano.
Essa colusão e conivência entre o crime organizado e o financiamento do terrorismo e de atos violentos está se propagando e contagiando vários cantos pelo mundo, a exemplo da África do Norte, onde o Reino do Marrocos chegou a ter provas irrefutáveis sobre o apoio militar dado por Irã e Hezbollah ao movimento separatista do polisario.
Um movimento, considerado como uma relíquia da remota e longínqua guerra fria, que participa do processo político no âmbito das Nações Unidas, mas que continua, em total hipocrisia, se equipando em armamento sofisticado e bélico facilitado pelo regime iraniano e pelo Hezbollah.
Tal falsidade do polisario, além de fragilizar as chances de alcançar uma solução política consensual e mutuamente aceita, deve motivar um compromisso coletivo da comunidade internacional para um combate eficiente contra o financiamento do terrorismo, através de uma atuação conjunta de inteligência, de troca de informações e ações combinadas dos órgãos de segurança.
Esse compromisso permitirá que a América do Sul poderá acautelar atos ilícitos que, muitas vezes, acabam em projetos de natureza violenta e de agressões financiadas com dinheiro aqui recolhido e lavado.