Celebração do 69º aniversário da independência da China contou com a performance da Zhejiang Symphony Orchestra.O Embaixador Li Jinzhang enalteceu a relação bilateral
Raquel Pires
Fotos: Eliane Loin
O Teatro Pedro Calmon, no Setor Militar Urbano, sediou na última sexta-feira (29), a festa da Data Nacional, celebrada no dia 01 de outubro. Esse dia marca a criação da República Popular da China. Na comemoração muitas comidas típicas e a apresentação da Zhejiang Symphony Orchestra com o espetáculo de música clássica “Concerto Chinês”. Estavam presents o Ministro do Turismo interino Alberto Alves, da Subsecretária-geral das Comunidades Brasileiras e de Assuntos Consulares e Jurídicos, Maria Dulce Barros, diplomatas, jornalistas, chineses e amigos.
O Embaixador Li Jinzhang ressaltou o progresso que a República vem alcançando desde sua fundação. “Foram 69 anos de profundas transformações, trabalho incansável e luta árdua para alcançar os sonhos do povo chinês. Em 2018 também se comemora os 40 anos da abertura e reforma da China, period em que a China vem se integrando ao mundo, contribuindo com mais de 30% do crescimento econômico mundial”.
O diplomata afirmou que os 44 anos de relação econômicas com o Brasil são comemorados também esse ano e ressaltou as conquistas através do BRICS, grupo de cooperação da qual fazem parte. “Lançamos recentemente o programa de parceria para a nova revolução industrial, que visa garantir a nossa posição na vanguarda. Como já foi dito pelo presidente Xi Jinping, a China e o Brasil já constroem um exemplo de relacionamento maduro e dinâmico entre dois países em desenvolvimento”.
A representante do Brasil no Itamaraty Maria Dulce Barros, também discursou sobre a importância da relação entre Brasil e China. “Somos dois grandes países unidos por fortes vínculos de amizade que se traduziram em 2012 na elevação do seu nível de parceria estratégica global. Desde 1974 nossas relações evoluíram de forma intensa, fazendo de nós parceiros políticos e econômicos”.
O Ministro do turismo interino também ressaltou em seu discurso o grande número de turistas chineses que o Brasil recebe todo os anos e mencionou a cooperação bilateral entre Brasil e China. “No último ano, a China foi o principal parceiro comercial do Brasil, mas nossa relação vai muito além disso. No campo do turismo, temos cada vez mais uma relação mais próxima e recebemos mais de 135 milhões de turistas em 2017 e mandamos 196 mil brasileiros para os destinos chineses, e esperamos receber cada vez mais”.
Após os discursos e um coquetel, a Zhejiang Symphony Orchestra, que veio diretamente da China para o evento e em turnê pelo Brasil, se apresentou para os convidados em parceria com a Orquestra Sinfônica de Brasília. As apresentações ocorreram sob regência do maestro Francis Kan. A orquestra que possui 60 integrantes já passou por Foz do Iguaçu e Rio de Janeiro, e encerra a visita ao país no dia 1º de outubro, em São Paulo.
A Zhejiang Symphony Orchestra foi criada em 2009 e é sediada na província de Zhejiang, próxima a cidade de Xangai, sendo uma das principais orquestras da China. Além de executar obras clássicas, o conjunto também inclui composições folclóricas em seus repertórios. O Brasil foi homenageado no concerto, por meio de composições de artistas brasileiros como Villa-Lobos, Antônio Carlos Gomes e Alberto Nepomuceno.
História – A nação tem uma longa história, composta por diversos períodos distintos. A civilização chinesa clássica floresceu na bacia fértil do rio Amarelo, na planície norte do país. O sistema político chinês era baseado em monarquias hereditárias, conhecidas como dinastias.
Indo mais a frente, a República da China, fundada em 1911 após a queda da dinastia Qing, governou o continente chinês até 1949. O partido comunista vinha tentando implantar o marxismo, com apoio do proletário urbano, mas seu líder, Mao Tsé-Tung, abandonou a estratégia e iniciou a formação de um Exército de Libertação Popular, formado por camponeses.
Os combates entre governo e opositores continuaram até 1937, quando o governo teve que se preocupar com os japoneses que queriam invadir o território chinês. Com o Japão tendo ocupado parte do território, comunistas e nacionalistas firmaram uma aliança, com o objetivo de lutar contra o inimigo em comum.
Após a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, finalizaram-se as invasões japonesas na China. A partir de então, comunistas e nacionalistas retomaram a guerra civil, travada de 1946 a 1949. No fim, o Partido Comunista derrotou o nacionalista Kuomintang e estabeleceu a República Popular da China, em Pequim, em 1 de outubro de 1949.