Evento, que termina nesta segunda-feira (24) em Foz do Iguaçu, integra estratégia para aumentar fluxo de turismo entre os dois países
MTur
A cidade de Foz do Iguaçu (PR), considerada a segunda maior colônia chinesa em território brasileiro, encerra nesta segunda-feira (24) o Festival da Lua Cheia, promovido pela secretaria municipal de Turismo em parceria com a Embaixada da China no Brasil e com o apoio do Ministério do Turismo. A principal atração desta segunda edição do evento foi a apresentação, neste domingo (23), da Orquestra Sinfônica da província chinesa de Zhejiang, que deve repetir a performance hoje à noite no cenário natural das Cataratas do Iguaçu.
Grande celebração da cultura e das tradições asiáticas, o festival é uma estratégia promocional para captar mais turistas chineses ao Brasil. O Festival da Lua Cheia está entre os eventos culturais mais importantes do calendário chinês, cuja origem remonta há mais de 2 mil anos e baseia lendas asiáticas e valores do povo relacionados à gratidão aos ciclos da natureza e à fartura da colheita.
A segunda edição do Festival em Foz do Iguaçu é considerada um marco para o aprofundamento das relações bilaterais em Turismo entre Brasil e China. A meta é entrar de vez no mercado de turismo chinês, que em 2017 foi responsável por 135 milhões de viajantes no mundo e US$ 250 bilhões gastos com turismo. Apesar de ser o maior mercado emissivo do mundo, apenas 61 mil chineses escolheram o Brasil como destino no ano passado.
Para vender melhor o Brasil, o Ministério do Turismo tem promovido uma série de medidas que facilitam o acesso do turista chinês aos nossos destinos, juntamente com ações lideradas pelo Itamaraty e a Embratur. Entre elas estão a estruturação de roteiros integrados e customizados, uma parceria inédita firmada entre o governo brasileiro e a China Travel Service, maior operadora de turismo do país asiático; a futura implantação do visto eletrônico (que já funciona para turistas dos EUA, Canadá, Japão e Austrália) também para chineses; além de iniciativas como a ampliação dos visa centers em funcionamento na China, passando dos atuais 3 para 12.
Outra frente estratégica do setor que impacta diretamente na atração de visitantes internacionais são os esforços pela ampliação da conectividade aérea do Brasil. Entre os projetos em andamento, está a proposta de abertura de capital para aéreas estrangeiras, abrindo o mercado para empresas lowcost e aumentando a competitividade dos preços das passagens de avião.