Ana Cristina Dib
O secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eumar Novacki, chefia missão comercial brasileira para Egito, Turquia e Emirados Árabes, a partir do último fim de semana, que conta com 25 representantes brasileiros de empresas e entidades de diferentes segmentos do agronegócio, além de técnicos do Mapa. O objetivo é ampliar a diversificar a pauta comercial e prospectar mercados, dentro da meta estabelecida de elevar a participação nacional no mercado mundial do agro de 7% para 10% em cinco anos.
No Egito, a intenção é renovar acordo técnico de cooperação com a Embrapa e aumentar o comércio de carnes bovinas, além de consolidar a relação comercial entre os dois países, que vem avançando nos últimos anos. Os principais produtos agropecuários vendidos pelo Brasil para o Egito, no ano passado, foram carnes (38,14%), produtos do complexo sucroalcooleiro (29,98%) e cereais, farinhas e preparações (25,33%), gerando no total US$ 2 bilhões em divisas para o Brasil.
O país quer atrair empresas brasileiras interessadas em investir no país, como já faz a gaúcha Marcopolo, que tem uma fábrica de carrocerias de ônibus no Egito. Os egípcios sinalizam para os empresários brasileiros com o baixo custo de produção no país e vantagens logísticas, devido ao acesso de mercadorias através do Canal de Suez, que liga o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho.
Na Turquia, a delegação brasileira participará da feira Food Istambul 2018, onde o Brasil vai expor produtos agropecuários em um pavilhão oficial, além de realizar encontros bilaterais com autoridades turcas, com o propósito de atrair mercado e investimentos para os produtores nacionais. As exportações do agronegócio do Brasil para a Turquia alcançaram US$ 700 milhões, no último ano, sobretudo em fibras e produtos têxteis (26,84%), café (21,12%), animais vivos (20,91%) e produtos do complexo soja (15,15%).
Já nos Emirados Árabes Unidos, reuniões com a participação da Apex-Brasil, agência que promove produtos e serviços brasileiros no exterior e atrai investimentos estrangeiros, e com representantes consulares têm o intuito de aproveitar o ambiente de negócios favoráveis do país por sua condição de centro logístico de referência na região. No ano passado, as exportações agropecuárias brasileiras para o país asiático somaram US$ 1,63 bilhão, concentrados no complexo sucroalcooleiro (53,38%) e carnes (39,12%).