Presidente do país latino americano deixou uma mensagem de encorajamento aos imigrantes equatorianos e afirmou apoio aos estrangeiros no país
Raquel Pires
A Embaixada do Equador sediou, em Brasília, na última segunda-feira (13), a festa pelo 209º aniversário de independência do país. A data marca a conquista da soberania diante da Espanha e foi comemorada com muita música e comidas típicas. Entre os presentes estavam embaixadores de outras missões, membros do governo brasileiro, equatorianos, empresários, amigos e jornalistas.
O Embaixador do Equador no Brasil Diego Rivadeneira Espinosa, recebeu seus convidados de braços abertos e anunciou a mensagem enviada pelo presidente Lenín Moreno, para todos os presentes na cerimônia. Em sua fala, o dirigente equatoriano saudou todos os compatriotas espalhados pelo mundo. “Nós sabemos que sempre será difícil estar longe de suas raízes, sua família e seus amigos. Hoje, 1 milhão e 700 mil equatorianos vivem fora do país”, relatou.
Lenín Moreno expressou seu apoio não só aos imigrantes equatorianos, mas também aos estrangeiros que estão no Equador. “A todos vocês, não importa onde se encontram, mandamos uma mensagem de otimismo e amor. Vocês sempre estarão em nosso pensamento e coração. E aos estrangeiros, queremos que vocês também tenham o melhor, assim como todo equatoriano”.
Já Diego Espinosa ressaltou que o Brasil sempre exerceu um papel destacado na história do Equador, e que diversas cooperações foram feitas ao longo dos anos. “Entre as contribuições brasileiras no desenvolvimento do Equador, devo destacar que as empresas brasileiras tiveram nas últimas três décadas um importante papel na construção de numerosas obras de infraestrutura no Equador, como centrais hidrelétricas, estradas e aeroportos”.
O comércio bilateral entre Equador e Brasil, de milhões de dólares anuais, também foi citado pelo diplomata, que salientou a colaboração no comércio exterior entre os dois países. “O Equador exporta para o Brasil atum, conserva de peixe, cacau, caramelos, têxteis e rosas. Recentemente o Brasil abriu as importações de camarão e banana procedentes de Equador, que esperamos contribuam a um maior equilíbrio da balança comercial entre os dois países”.
Durante a festa houve ainda um desfile de chapéus típicos do Equador da marca Nannaacay, que atraiu o olhar de todos os convidados.
A música ficou a cargo do pianista equatoriano Boris Cepeda que mora na Alemanha e veio à Brasilia especialmente para a apresentação na embaixada e um concerto com a Orquestra Sinfônica de Brasília. Ele interpretou clássicos de compositores do Equador.
História – Os espanhóis chegaram ao Equador em 1526 e aproveitaram-se da luta entre os incas pela sucessão do império, assim, conquistando o território ao final do embate. Anos depois, ao aderir a Federação da Grã-Colômbia, república fundada por Simón Bolívar, o país libertou-se do domínio espanhol, mas sua independência ocorreu apenas em 1830. Durante os séculos XIX e XX, houve uma alternância no poder entre conservadores e liberais.