“Eu certamente me encontraria com o Irã se eles quisessem”, disse o presidente dos EUA
Notícias ao Minuto Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje (30) que estaria disposto a se encontrar com o presidente do Irã, Hassan Rouhani, para discutir novos termos para um acordo nuclear. “Eu certamente me encontraria com o Irã se eles quisessem […] Eu não sei se eles estão prontos ainda, eles estão tendo dificuldades agora”, afirmou durante uma entrevista coletiva na Casa Branca.
Trump retirou o país do acordo global firmado em 2015 entre o Irã e seis potências mundiais: Estados Unidos, Reino Unido, França, China, Rússia e Alemanha, fruto de uma negociação que levou quase nove anos.
O presidente acrescentou que faria uma reunião com o governo iraniano sem “condições prévias”, frisando que um encontro só dependeria da vontade do Irã. “Se eles quiserem se encontrar, eu me encontrarei”, comentou.
“Terminei o acordo com o Irã. Foi um negócio ridículo. E eu não faço isso por força ou por fraqueza. Eu acho que é uma coisa apropriada para fazer. Se pudéssemos descobrir algo significativo, não o desperdício de papel que o outro era”, destacou, mantendo a linha crítica que o fez sair do acordo.
O acordo chamado de P5+1, grupo de países que negociou com o governo iraniano, buscava garantias de que o Irã reduzisse significativamente sua atividade nuclear por temer que o país pudesse construir uma arma atômica.
Os comentários de Donald Trump amenizaram o tom que ele vinha trazendo até agora sobre o governo iraniano. Em outras ocasiões, além de desqualificar o acordo, Trump acusava o governo iraniano de financiar o terrorismo e grupos extremistas.
Há oito dias o líder iraniano fez duras declarações contra Trump e disse que a hostilidade da atiaç política norte-americana poderia levar o mundo ao que chamou de a “mãe de todas as guerras”. Horas antes da declaração de Trump, Teerã havia descartado dialogar com Washington.
As declarações de Donald Trump sobre a abertura para um encontro e ao diálogo com o Irã foram feitas durante uma coletiva concedida por ele ao lado do primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, que visitou Washington hoje.