Ana Cristina Dib
A estratégia atual dos Estados Unidos não é amistosa e se baseia no unilateralismo, disse o ex-primeiro-ministro francês Jean-Pierre Raffarin durante uma conferência realizada na Escola Internacional de Negócios China-Europa (CEIBS, em inglês) em Shanghai.
Em uma entrevista à Xinhua em relação à disputa comercial com a China iniciada pelos Estados Unidos, Raffarin alertou que envolver-se em uma guerra comercial não só afetará negativamente a economia mundial mas também o nível de vida das pessoas.
Os esforços constantes da China pela abertura e por aprofundar a colaboração internacional apesar do surgimento do protecionismo comercial, unilateralismo e dos sentimentos contra a globalização, são um reflexo da sabedoria chinesa, acrescentou.
O político, que visitou a China muitas vezes desde a década de 1970, se disse impressionado com o rápido desenvolvimento do país, que acredita ser resultado de sua reforma e abertura.
“Cada vez que venho à China, aprendo algo novo”, ressaltou. Ele fez questão de mencionar o desenvolvimento econômico e social, a urbanização e a modernização do país, a crescente competitividade das empresas chinesas e as medidas de luta contra a pobreza, que melhoraram a vida de centenas de milhões de pessoas.
A campanha de reforma e abertura da China é profunda e concreta, e não só promove o desenvolvimento do país, mas também beneficia o resto do mundo, indicou Raffarin. “A Europa e a China têm que trabalhar juntas para proteger o multilateralismo, o que o mundo necessita”, sublinhou.