Campanha #MaisMulheresDiplomatas, feita pelo Ministério das Relações Exteriores nas redes sociais, visa promover o ingresso de mais mulheres na carreira diplomática.
ANBA
O Itamaraty lançou no início desta semana a campanha #MaisMulheresDiplomatas, com o objetivo de incentivar mais mulheres a participar do Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD), para promover a equidade de gênero na diplomacia. O Ministério das Relações Exteriores está postando vídeos com depoimentos de mulheres diplomatas de diversas formações, perfis e origens em suas redes sociais – Facebook, Twitter e YouTube.
“Serão quinze vídeos no total, inclusive eu gravei um deles”, disse Adriana Sader Tescari, Conselheira do Itamaraty e chefe da divisão do Levante, responsável pelos países árabes. “A campanha surgiu da constatação de que muitas mulheres são desestimuladas a prestar o concurso, por puro preconceito; dizem que a carreira não é para nós, que não é uma vida para a formação de uma família, o que não é verdade”, informou Tescari.
A Conselheira disse que os vídeos trazem mulheres dos mais variados perfis justamente para mostrar que não existe um único perfil para ser diplomata. “A campanha traz mulheres diplomatas dos mais diversos sotaques, formações, regiões, com filhos, sem filhos”, contou. Já foram postados, até esta quinta-feira (28), os vídeos com depoimentos da primeira secretária Marcela Pompeu, da terceira secretária Laura Delamonica e da embaixadora Gisela Padovan.
Nas últimas décadas, as mulheres diplomatas vêm conquistando mais espaço e notoriedade na chancelaria brasileira; em 2017, o concurso teve percentual recorde de mulheres; a turma 2017-2019 do Instituto Rio Branco tem 11 mulheres ou 36,7% do total de 30 pessoas; porém o número de mulheres na carreira diplomática ainda está longe da equidade. O Itamaraty conta atualmente com 360 funcionárias, o que representa apenas 23% de todos os diplomatas do Brasil.
O Comitê Gestor de Gênero e Raça (CGGR) é o responsável pela campanha #MaisMulheresDiplomatas. O órgão foi criado em 2014 com caráter permanente e consultivo do Ministério das Relações Exteriores, e vem coordenando programas e políticas voltados à promoção da igualdade de gênero e de raça na chancelaria brasileira.