Paralisação da categoria começou em 21 de maio e, segundo a PRF, não há mais pontos de aglomeração nas rodovias. Mesmo com queda, balança registrou superávit de US$ 5,9 bilhões.
Yvna Sousa, TV Globo
O Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou nesta sexta-feira (1º) que as exportações brasileiras caíram 36% nas duas últimas semanas de maio em razão da greve dos caminhoneiros.
A paralisação da categoria começou em 21 de maio e, segundo a Polícia Rodoviária Federal, não há mais pontos de aglomeração de caminhoneiros nas rodovias. De acordo com o MDIC, nas três primeiras semanas de maio, a média diária de exportações foi de US$ 1,06 bilhão (por dia útil).
A partir do dia 21, quando a paralisação começou, as exportações caíram para média diária de US$ 678 milhões (por dia útil).
Mesmo assim, a balança comercial de maio registrou superávit de US$ 5,9 bilhões em maio, segundo o ministério.
Setores afetados
De acordo com o diretor de Estatísticas e Apoio às Exportações da Secretaria de Comércio Exterior, Herlon Brandão, o setor mais afetado foi o de bens manufaturados. Nas últimas duas semanas, a exportação desses produtos caiu 46%.
Também foram afetadas as vendas ao exterior de bens semimanufaturados (queda de 37%) e de produtos básicos (31%).
“Esse efeito se dá de formas diferentes entre os setores. Por exemplo, o petróleo bruto é produzido em plataformas, escoado por navios, então é menos impactado. Minério de ferro tem escoamento por ferrovias”, explicou.
“Alguns produtos têm estoque nos portos, como é o caso da soja, então boa parte do escoamento da soja nesse período, foi garantido pelos estoques nesses portos. [O setor de] carnes também já tinha produto no porto a ser embarcado, que não dependeu de transporte ao porto nesse período”, detalhou Brandão.