Integrantes do Clube Internacional de Brasília (CIB) conhecem a cultura, as tradições, a dança e a música libanesa
Um país que exporta talentos, com vinho e gastronomia famosos no mundo inteiro; que não tem deserto, camelos ou tâmaras e é palco do primeiro milagre de Jesus Cristo.
Essas foram algumas informações apresentadas pela embaixatriz Sana Sayah ao grupo, no dia 17 de maio, na sede da embaixada, sobre aquela nação da Ásia Ocidental, a qual considera única por ter sobrevivido a milhares de anos de história. A Capital Beirute foi destruída e reconstruída sete vezes. Sana falou sobre o sistema educacional libanês, considerado o mais forte do mundo, e das comunidades libanesas existentes em todos os continentes.
A embaixatriz também citou curiosidades do país e dos libaneses famosos como Gibran Khalil Gibran. Na parte histórica do Líbano, Sana explicou que aquela nação é berço dos Fenícios que foram os primeiros navegadores, primeiros professores, inventaram o alfabeto, ensinaram aos gregos e, depois, espalharam por todo o mundo, segundo a mitologia grega.
“Os fenícios eram os melhores comerciantes conhecidos, os quais costumavam viajar pelo mundo carregando mercadorias e vinhos. Há evidências, aqui no Brasil, de que navios fenícios vieram a este país milhares de anos antes da descoberta das Américas por Colombo. Mais importante ainda, eles eram tradicionalmente pessoas de paz e de leis”, afirmou a embaixatriz.
De acordo com Sana, o nome Líbano é mencionado 70 vezes na Bíblia, sendo o cedro, símbolo do Líbano hoje, chamado de cedro do Senhor. O país, segundo ela, foi abençoado pela passagem de Jesus Cristo, no início do primeiro milênio. “Qana, uma pequena aldeia no sul do Líbano, foi onde Jesus realizou seu primeiro milagre transformando a água em vinho”, informou Sana.
Em sua apresentação, a embaixatriz disse ainda que o país, por sua localização central, tornou-se o local de nascimento de diferentes civilizações e o objetivo de conquista da maioria dos antigos impérios. “Os caledonianos, os assírios, os hititas, os babilônios, os gregos, os persas, os romanos, os árabes e os otomanos; todos invadiram o país nos velhos tempos. Após 400 de ocupação otomana, o Líbano finalmente ganhou seu reconhecimento e independência”, explicou.
Imigração: De acordo com Sana, desde a ocupação otomana no país, durante a qual as pessoas se sentiram perseguidas e sufocadas, muitas delas optaram por explorar o mar, procurando uma vida melhor. “E, assim por diante, há 150 anos, o Líbano tem uma população de quatro milhões de libaneses vivendo em território nacional, mas quase 20 milhões de descendentes libaneses, vivendo em outros países, dentre os quais, 12 milhões estão no Brasil”, afirmou a embaixatriz.
Em todos os países e em todas as cidades, segundo Sana, é possível encontrar alguma comunidade libanesa que carrega a herança e cultura de sua terra natal e muitos delas se mantém apegados ao Líbano. “Tudo o que eles não conseguem conquistar com suas qualidades, certamente podem conquistar com sua gastronomia e vinho, que é mundialmente famoso”, disse.
CIB– Depois da apresentação sobre o Líbano, a vice-presidente do Clube Internacional, Ianthe Eichhorst Mattos, ofereceu o livro “All Colors of Brasília-Todas as cores de Brasília, com fotos da capital. “Sentimo-nos com a alma e o espírito do Líbano, do povo desse país super interessante que influenciou inclusive a cultura e a gastronomia brasileira”, disse Ianthe.
O Clube Internacional de Brasília (CIB) foi criado em janeiro de 1973, aqui na capital. É composto por embaixadoras, embaixatrizes, estrangeiras, profissionais liberais, educadoras, aposentadas e primeiras-damas. Há 44 anos elas se reúnem para estudar idiomas, cozinhar, fazer ações sociais, eventos sociais, viagens e atividades culturais.