País árabe, com a quarta moeda mais valorizada do mundo e regido por um sultanato, foi o 31º a participar do projeto Embaixadas de Portas Abertas
Alunos do quinto ano da Escola Classe 52 de Taguatinga conheceram, de perto, um pouco da cultura do povo omani durante visita à sede diplomática de Omã, no Lago Sul, no dia 12 de abril. As crianças foram recepcionadas pelo embaixador Amad Hamood Salim Al Abri com sua equipe de trabalho. “Desejamos poder passar o conhecimento e experiência sobre o Sultanato de Omã”, disse.
Durante a visita, foi feita uma apresentação das tradições omanis, com a história do país e as características geográficas e culturais. A economia do país é baseada na venda de petróleo. Também há investimentos em agricultura e turismo. Os estudantes participaram de um teste de conhecimentos. Divididos em três grupos, eles estouravam um balão que continha um papel com uma pergunta sobre aquela nação.
A cultura de Omã é a da boa receptividade e acolhida. Ainda na antiguidade, as famílias tinham o hábito de receber os beduínos (árabes nômades que vivem nos desertos) com café local e tâmaras. O costume foi apresentado aos convidados, que puderam provar as duas iguarias.
A colaboradora do governo de Brasília e idealizadora do programa, Márcia Rollemberg, participou do encontro. Para ela, a principal vantagem do projeto é conhecer os costumes e as tradições de outros países. “Queremos mostrar que o mundo é muito grande e que grande parte dele está em Brasília. O Embaixada de Portas Abertas também apresenta a nossa cultura para eles.” O corpo diplomático ofereceu kits com livros contando a história do país, e o embaixador escreveu em árabe o nome de cada aluno.
Maria Eduarda Lima Barbosa, de 10 anos, respondeu corretamente quais são os países que fazem fronteira com o Omã: Arábia Saudita, Emirados Árabes e Iêmen. Ela ganhou chocolate para dividir com os colegas. “Nem sabia que existia [o país], gostei muito.”
Os estudantes também experimentaram comidas típicas, como homus, tabule, quibe, esfirra e arroz de cordeiro. Para a sobremesa, doces com damasco e mel foram servidos.
Em nome da turma, Maria Elisa Moraes, de 10 anos, agradeceu pela hospitalidade. “Gostei muito das músicas, das danças e das roupas. Aprendi muito sobre Omã e vou levar isso para vida toda.”
Curiosidades sobre Omã
É em Omã que aparece o primeiro raio de sol a tocar a Arábia (península que envolve os países Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes, Iêmen, Kuwait e Omã).
Com área de litoral banhada pelo Golfo Pérsico, o país tem poucas chuvas e muito calor. A temperatura média é de 37 graus, com máxima de 50 graus.
A economia é baseada na venda de petróleo. Em 2017, foram 100 milhões de barris exportados. Também há investimentos em agricultura e turismo.
Por ser um país que não se encontra em conflitos, Omã tem recebido imigrantes de nações vizinhas. De acordo com os dados da embaixada, 46% da população é formada por estrangeiros, vindo de lugares como Bangladesh, Filipinas, Jordânia e Paquistão.
A população é majoritariamente islâmica (85%). Além disso, Omã tem a quarta moeda mais valorizada do mundo, o rial. A cotação de 1 rial é equivalente a R$ 10.
O maior lustre do mundo está na mesquita do sultão Qaboos. São 14 metros de altura revestidos de cristais Swarovski, com cerca de 600 mil peças.
Um dos incensos mais caros do planeta é fabricado em Omã. A essência é de uma árvore, o líbano. Um quilo do produto pode custar R$ 1 mil.