Embaixador Ioannis Pediotis diz, em discurso, que a Grécia hoje tem maior força e prestígio depois de superar duas crises, a econômica e a migratória.
Súsan Faria
Fotos: Eliane Loin
Os gregos celebraram a data nacional do país nesse domingo, 25 de março, dia em que se iniciou, em 1821, a revolução do país contra o império Otomano. A independência é festejada de forma tradicional com música, dança e quebra de pratos. Em Brasília, a comemoração foi realizada na sede da embaixada do país, na sexta-feira, dia 23, com a presença de embaixadores, dentre eles o subsecretário de Assuntos Políticos Multilaterais da Europa e América do Norte, embaixador Fernando Simas Magalhães; representantes do corpo diplomático e convidados.
O embaixador da Grécia no Brasil, Ioannis Pediotis, lembrou que, desde o início da insurreição, 97 anos se passaram. “A revolução nacional impulsionou outros povos dos Balcãs a se rebelarem. Atualmente, meu país, após passar com sucesso por duas recentes crises – a econômica e a migratória – pelas quais não foi o único responsável, segue, como um dos membros mais antigos da União Europeia, promovendo a paz e a colaboração em todas as áreas”, disse.
Segundo o diplomata, apesar das dificuldades, os gregos estão absolutamente convencidos de que deixarão como legado para os filhos e netos um país melhor, com maior coerência social e igualitária para todos que vivem lá. “Uma Grécia com maior força e prestígio, pioneira na colaboração internacional para a estabilidade e a paz”, acredita.
Brasil – Ioannis Pediotis afirmou que seu país possui uma extraordinária relação com o Brasil e que, antes mesmo de efetivar relações diplomáticas, os gregos emigraram para diversas regiões do Brasil no século XIX. Em 1890, em Florianópolis, Santa Catarina, foi fundada a primeira comunidade grega. Explicou que vários dos seus conterrâneos que vieram depois colaboraram na construção de Brasília. “Hoje as relações entre os dois países avançam em diversas áreas. Estamos nos empenhando para o acordo bilateral do turismo, buscando minimizar a desvantagem da distância geográfica”, anunciou.
Pediotis disse que a intenção é divulgar não apenas as ilhas de Míconos e Santorini (regiões de praias), destinações famosas para aproveitar o verão grego, mas também que vale a pena explorar o inverno. O diplomata elogiou também as relações políticas com o Brasil. Disse que recentemente, o ministro da Defesa da Grécia visitou o país. “No campo das relações União Europeia/Mercosul, a Grécia desempenha papel ativo e produtivo. Esperamos que as negociações para o acordo tenham excelentes resultados”, comentou por último e levantou um brinde à amizade bilateral.
Em seguida, um grupo de dança Ílios da comunidade grega se apresentou duas vezes, com trajes folclóricos. Depois, houve a tradicional quebra de pratos, tradição milenar que pode significar tanto afastamento dos maus espíritos como desapego às coisas materiais. No início da festa, a Banda do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal executou músicas tradicionais brasileiras.