A atriz Frances McDorman, em seu discurso de agradecimento na cerimônia do Oscar de 2018, convidou todas as mulheres indicadas ao prêmio a se levantarem e olharem ao redor. A presença feminina no auditório era grande, mas é suficiente?
Convidamos todos a conhecerem 4 cineastas francesas contemporâneas que serão acompanhadas de 4 cineastas jovens brasileiras. Em resposta às discussões sobre o monopólio masculino nos sets, salas e festivais, evidenciamos neste ciclo o espaço cada vez maior conquistado pelas cineastas brasileiras e francesas.
O ciclo propõe filmes escritos e dirigidos por mulheres; de uma cultura à outra, entre temáticas comuns e diferenças de linguagem, estilo e contexto. Um gênero « feminino », então, poderia ser atribuído ao cinema produzido por elas?
A curadoria francesa é assinada por Paule Maillet, formada em Cinema pela Université de Provence (Aix-Marseille I). Após 8 anos em Paris trabalhando com produção e distribuição de conteúdos audiovisuais, foi adida audiovisual da Embaixada da França no Brasil, de 2012 a 2016. Na época, foi responsável pela cooperação audiovisual entre os dois países. Desde 2017, mora em Brasília.
Os curtas brasileiros foram selecionados por Bárbara Cabral, realizadora e produtora audiovisual e mestre em estudos de cinema e gênero pela UnB.
◤13 DE MARÇO◢
• “Sem coração”, de Nara Normande e Tião. Pernambuco, 2014, 25′.
• “Suzanne”, de Katell Quillevéré. Bélgica / França, 2013, 91’.
◤27 DE MARÇO◢
• “O azul de Beatriz”, de Bruna Carolli. Distrito Federal, 2013, 14′.
• “Um grande silêncio” (Un grand silence), de Julie Gourdain.
França, 2016, 29′.
++ Debate com a Prof. Dra. Tânia Montoro (FAC-UnB), especialista em estudos de gênero no cinema, e Bruna Carolli, diretora de O azul de Beatriz.
◤10 DE ABRIL◢
• “Estátua!”, de Gabriela Amaral Almeida. São Paulo, 2014, 24′.
• “O efeito aquático” (L’effet aquatique), de Sólveig Anspach. França / Islândia, 2016, 83′.
◤24 DE ABRIL◢
• “Na minha sopa, não”, de Mirela Kruel. Rio Grande do Sul, 2015, 5′.
• “Pessoas-pássaro” (Bird People), de Pascale Ferran. França, 2014, 127′.