Receita deixada pelos visitantes estrangeiros no país só perde para junho e julho de 2014, período em que foi realizada a Copa do Mundo
Os turistas estrangeiros injetaram US$ 779 milhões na economia brasileira em janeiro. Esse é o maior valor para o primeiro mês do ano em toda a série histórica, iniciada em 1990. Comparado com os demais meses, a receita com o turismo internacional só não foi maior que junho e julho de 2014, meses da Copa do Mundo, quando o montante foi de US$ 793 milhões e US$ 785 milhões respectivamente. Exatamente em janeiro foi o mês passou a valer o visto eletrônico para Japão, Canadá e Estados Unidos.
“É só o começo! Tenho certeza de que a abertura internacional do Brasil com o visto eletrônico vai movimentar a economia nacional, gerar emprego e renda para o país”, comentou o ministro do Turismo, Marx Beltrão. De acordo com a Organização Mundial do Turismo, medidas de facilitação da entrada do turista estrangeiro gera um incremento de fluxo até 25% entre os países beneficiados. Pela projeção do MTur, o visto eletrônico pode injetar até R$ 1,4 bilhão na economia brasileira em dois anos.
Na comparação entre janeiro de 2018 e o mesmo mês de 2017, o salto na receita com o turismo internacional foi de 17,86%. No primeiro mês do último ano, os estrangeiros injetaram US$ 661 milhões contra os US$ 779 deste ano. O presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, defende o reforço na promoção e a modernização da autarquia como forma de ampliar ainda mais o faturamento do país com os visitantes internacionais e reduzir o déficit na balança comercial do turismo.
Apesar do aumento da receita, como o gasto dos turistas brasileiros no exterior aumentou 26,79%, o déficit na receita cambial do turismo cresceu de US$ 918 milhões para US$ 1,22 bilhão. Em janeiro de 2018, os brasileiros gastaram US$ 2 bilhões. No mesmo mês do último ano, o montante foi US$ 1,579 bilhão.