O pleito que será disputado entre uma coalização de direita, outra de centro-esquerda e o Movimento 5 Estrelas
Cerca de 46 milhões de italianos devem ir às urnas neste domingo (4) nas eleições gerais para reformular o Parlamento do país. O pleito que será disputado entre uma coalização de direita, outra de centro-esquerda e o Movimento 5 Estrelas (M5S), que se apresenta como sem ideologia e antiestablishment.
Os locais de votação abrirão as portas às 7h local (3h, em Brasília) e fecharão às 23h local (19h). Imediatamente depois será iniciada a apuração, começando pelos votos do Senado e depois da Câmara dos Deputados.
Os italianos terão que escolher os 630 deputados e 315 senadores. Os líderes serão escolhidos a partir de um método misto, chamado de “Rosatellum bis”, no qual 36% das cadeiras da Câmara Baixa e Alta serão atribuídas com um sistema majoritário baseado em circunscrições uninominais e os 64% restantes de forma proporcional.
Além disso, estabelece um mínimo de 3% de votos para que os partidos possam entrar para as câmaras e de 10% caso concorram coligados. Os italianos terão amanhã em suas mãos duas cédulas, uma rosa para a Câmara dos Deputados e outra amarela para o Senado.
O atual sistema eleitoral foi aprovado durante o mandato do primeiro-ministro interino, Paolo Gentiloni, e fez com que grupos políticos como Forza Italia, de Silvio Berlusconi; os ultradireitistas Liga Norte, de Matteo Salvini; e Irmãos da Itália, de Giorgia Meloni, concorressem aliados.
De fato, as pesquisas apontam que essa coalizão poderia ser a eventual ganhadora com cerca de 35% dos votos, embora não esteja claro que consiga os apoios suficientes para formar um Executivo.O Movimento 5 Estrelas (M5S), cujo candidato é Luigi Di Maio e já apresentou sua potencial equipe de Governo como gesto de transparência para os eleitores, lidera as preferências de voto.
As pesquisas estimam que será a legenda mais votada sozinha, com cerca de 30% das cédulas, e se for assim superaria amplamente o governamental Partido Democrata (PD, centro-esquerda) de Matteo Renzi (foto), que nas previsões aparece com 23%.
O papel fundamental será os dos eleitores indecisos. No entanto, um dos maiores riscos é que haja uma elevada abstenção. Nas últimas eleições de 2013, 75,2% votaram, mas os veículos de imprensa italianos temem que amanhã o número seja mais baixo, motivado entre outras coisas pelo mau tempo que poderia desanimar muitos cidadãos a exercer seu direito.
Junto com as eleições gerais, ocorre amanhã também os pleitos regionais de Lacio e Lombardia, duas regiões muito importantes para a Itália tanto pelo número de habitantes como pela contribuição ao Produto Interno Bruto (PIB) do país. Com informações da Agência Brasil.