Seyed Ali Saghaeyan faz discurso otimista em aniversário da Revolução Islâmica do Irã
Súsan Faria
Os iranianos estão comemorando, nesse domingo (11), os 39 anos da República da nação, quando mudou radicalmente de regime político. Depois de oito anos de guerra, a Revolução Fundamentalista, comandada pelo aiatolá Ruhollah Khomeini, derrotou a monarquia do Xá Mohammad Reza Pahlevi, que estava no governo desde 1941. Nascia aí República Islâmica do Irã. Em Brasília, a embaixada do Irã celebrou a data na quinta-feira (08). Em seu discurso, o embaixador Seyed Ali Saghaeyan destacou a importância da estabilidade, falou dos avanços tecnológicos e das relações bilaterais.
Saghaeyan destacou que durante esses 39 anos, apesar das dificuldades inerentes aos anos de guerra imposta e dos embargos cruéis, a nação continua com a ambição de proteger a sua independência, liberdade e a sua República. “Com os esforços de nossos jovens cientistas e estudiosos, temos tido grandes conquistas nas áreas das tecnologias avançadas, como a nanotecnologia, medicina e tecnologia nuclear pacífica e industrial”.
Segundo o diplomata, a América Latina – tendo em vista a sua situação estratégica e os potenciais de cada um dos seus países – teve e possui um lugar importante na política estrangeira na República Islâmica do Irã. “Especialmente, as relações diplomáticas com o Brasil estão entre as nossas prioridades políticas, econômicas, comerciais e culturais”, explicou, lembrando que os dois países estabeleceram relações há 115 anos.
Programa Nuclear – Saghaeyan falou ainda sobre o Plano de Ação Conjunto Global sobre o Programa Nuclear Iraniano: “Esse acordo demonstrou a serenidade do Irã para demonstrar que segue um projeto estritamente pacífico. Infelizmente, alguns governos dominadores, criando polêmica e com coação, procuram criar tensão e crises na região. Certamente os governos sábios internacionais vão preferir a paz e seus interesses nacionais em lugar de seguir as políticas das pessoas insanas”, discursou.
Cultura iraniana – O embaixador Ary Quintella, subsercretário-geral interino da Ásia e do Pacífico do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, lembrou que o Irã é uma das nações mais antigas do mundo, berço da civilização persa, que teve papel central na história de povos do Oriente e do Ocidente. “A cultura iraniana, rica e variada, trouxe ao mundo, desde o passado distante até o presente, monumentos, obras clássicas, filósofos, escritores e, mais recentemente, cineastas de renome. Trata-se de um dos mais importantes legados oferecidos por um povo ao patrimônio cultural material e imaterial da humanidade”, disse.
O Irã sempre teve uma importância geopolítica significativa devido à sua localização, no cruzamento entre o Sul, o Centro e o Ocidente da Ásia. Exerce influência na segurança energética internacional e na economia mundial, através das suas grandes reservas de combustíveis fósseis, que incluem a maior oferta de gás natural no mundo e a quarta maior reserva comprovada de petróleo. O país é um dos membros fundadores da Organização das Nações Unidas (ONU), do Movimento Não Alinhado, da Organização da Conferência Islâmica (OCI) e da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
Fonte:http://pt.brasilia.mfa.ir/