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| Economia | Argentina e Brasil
Sebrae e órgão representante de pequenas empresas planejam negociações
| Oda Paula Fernandes
Os olhos do Brasil e do mundo estão voltados para os novos rumos da economia brasileira, devido as indefinições no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Enquanto isso, alguns projetos estão em andamento, tocados pelos atuais técnicos do governo brasileiro, como é o caso do Acordo de Livre Comércio, entre Brasil e Argentina, para a compra de qualquer produto ou serviço de pequenos e microempresários. As negociações, prevista para começar em pouco menos de duas semanas, foram confirmadas pelo presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Guilherme Afif Domingos, em entrevista ao GLOBO na semana passada.
Brasil e Argentina negociam acordo entre os dois países vizinhos, para atender uma demanda de empresas argentinas e brasileiras, em especial as que estão instaladas no Sul do Brasil (no Paraná, em Santa Catariana e no Rio Grande do Sul). O presidente do Sebrae já iniciou os diálogos com o órgão representante de pequenos empresários. “Um acordo de livre comércio de pequenas empresas é bem inovador. Isso vai ser importante para esses empresários que estão ansiosos por isso”, comenta Afif.
Sobre a possível mudança da política econômica do país, devido à troca na equipe econômica, Afif diz que não define os rumos do país, já que sua função é a de pensar no desenvolvimento dos pequenos negócios, em diferentes cenários políticos e econômicos. “Há um ano, já começamos a pensar nas soluções para empresários, principalmente do sul do país. Mas é necessário esperar a mudança de governo para colocá-las em prática”, revela.
O presidente do Sebrae é um dos poucos técnicos do governo brasileiro que tem peso para fazer planos em tempos de incertezas. Eleito para ocupar a presidência do Sebrae, mesmo que a presidente Dilma seja afastada, ele permanece no cargo, pois não entra nas negociações do seu partido (PSD) em possíveis participações no governo Temer. “A mudança não influencia porque estou fora do circuito de troca”, resume o presidente do Sebrae.
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