A população de libaneses no Brasil, maior que a do próprio país, comemorou, nessa quarta-feira (22), o 74º aniversário de independência do Líbano. Em Nova Friburgo, Rio de Janeiro, a comemoração foi durante a manhã , no Teatro Municipal Laércio Rangel Ventura. Eles se reuniram para a cerimônia que teve a execução dos hinos nacional, friburguense e libanês e a celebração da imigração, que chegou àquela cidade em 1870. O evento contou com a participação do representante da colônia libanesa, Marco Gastin, os outros representantes das colônias fundadoras, do secretário de Cultura, Marcos Marins, representando o prefeito Renato Bravo, além de outros secretários.
Em Brasília, o embaixador Joseph Sayah, promoveu uma grande recepção para convidados no Villa Rizza. Em seu discurso, o diplomata disse que os libaneses sonham com um Oriente Médio sem conflito, sem intolerância. Já o representante do Itamaraty, ministro Marcos Galvão, lembrou que a história uniu o Brasil e o Líbano há mais de um século.
“Nosso relacionamento remonta à visita de Dom Pedro II àquele país, em 1865, e hoje se apoia nos laços humanos lado a lado”, disse. De acordo com Galvão, estima-se que haja entre 7 e 10 milhões de libaneses e descendentes vivam no exterior, dentre o quais o presidente Temer, e cerca de 16 mil brasileiros em território libanês. A população do Líbano é de cerca de 6 milhões de pessoas, sendo, assim, menor do que a dos compatriotas no exterior.
História – Em 1926, embora ainda sob mandato francês, os libaneses estabeleceram o primeiro governo democrático no Oriente Médio. Hoje, o Líbano é uma nação democrática com um presidente e parlamento eleitos. O último presidente, general Michel Sleiman, foi nomeado pelo Parlamento em 2008. Brasil e Líbano têm comércio bilateral de cerca de US$ 312 milhões Além disso, o Líbano conta com sistema bancário altamente bem sucedido e estável, sendo o único país do Oriente Médio (parte do sistema monetário internacional) que não foi afetado pela crise mundial de 2008.
A educação sempre foi a espinha dorsal da sociedade libanesa, sendo o sistema educacional libanês considerado o mais forte do mundo. O povo libanês valoriza a educação acima de todas as coisas, que sempre foi útil na promoção de negócios (empresários bem-sucedidos). Também é comum entre os libaneses falar pelo menos duas e três línguas.