Índia tem interesse em firmar acordo de cooperação com o Brasil para o combate ao terrorismo e sua associação com organizações criminosas transnacionais.
Uma comitiva de seis deputados indianos esteve nesta segunda-feira, 2, com o presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), Filipe Barros (PL/PR), para pedir o apoio do Brasil no combate ao terrorismo.
De acordo com Shashi Tharoor, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Parlamento indiano “o nosso objetivo é que o Brasil compreenda a dimensão do terrorismo que nos atinge. Há países que patrocinam o terrorismo e não resta à Índia outra opção senão retaliar”, assinalou.
Tharoor fez referência ao ataque terrorista de 22 de abril que resultou na morte de 26 pessoas, quando homens armados abriram fogo contra turistas em um popular destino de viagem na região montanhosa de Pahalgam, na Caxemira administrada pela Índia.
Filipe Barros lamentou o ocorrido e lembrou que a CREDN tem trabalhado para classificar grupos terroristas, algo que o governo brasileiro não pretende fazer. No dia 9 de abril, a Comissão aprovou requerimento do deputado General Pazuello (PL/RJ), que sugere ao governo brasileiro declarar os Houthis, do Iêmen, como grupo terrorista.
“Brasil e Índia enfrentam desafios semelhantes como a associação de organizações criminosas e facções, com grupos terroristas. Inclusive, a Índia tem interesse em firmar um acordo de cooperação com o Brasil para o combate desse tipo de associação. PCC e Comando Vermelho são organizações criminosas transnacionais, presentes em vários países e com muitos negócios com grupos terroristas, o que exige mais cooperação internacional”, explicou.
Fonte: CREDN