Cultura gabonesa é apresentada com gastronomia, desfile e dança
| Oda Paula Fernandes
Fotos: Eliane Loin
Os embaixadores do Gabão abriram as portas da residência oficial para os membros do Instituto de Cultural do Brasil (ICB) para uma tarde cultural, no último dia 7. Foi apresentado um pouco das tradições e dos costumes locais, dos negócios realizados por meio das embaixadas, da culinária semelhante a brasileira, da fauna e flora ricas em belezas e recursos naturais. O evento ocorreu com a presença do embaixador, Jacques Michel Moudoute-Bell, ao lado da embaixatriz Julie-Pascale Moudoute-Bell e da presidente do ICB, Marisa Junqueira.
O embaixador deu as boas vindas aos colegas diplomatas, empresários, amigos, imprensa e lembrou que a diplomacia cultural também é importante nas relações entre os países. Segundo Jacques, como países amigos, é importante que nos conheçamos cada vez melhor. “Por isso realizamos essa tarde cultural, para que o Brasil conheça mais do Gabão, para promover o meu país e popularizá-lo junto aos brasileiros. Este trabalho de pedagogia pode ser longo, mas pago posteriormente, porque o interesse se vê agora. A Cultura é a primeira coisa a partilhar para alcançar os outros povos”, disse o embaixador que também falou sobre política, economia, oportunidades de negócios e o setor turístico daquele país africano.
“O gabão é muito parecido com o Brasil”, afirmou a embaixatriz Julie-Pascale, ao apresentar, por meio de fotos e vídeos, um projeto social que recebeu o nome de sua idealizadora, Silvia Bongo Ondimba, primeira-dama gabonesa.
Casa da Alice – A Casa da Alice faz parte do projeto social, que é um de maior importância para o país. Segundo a embaixatriz gabonesa, ele trabalha a solidariedade com pessoas presas, com deficiências, para o jovens, crianças e idosos. Além disso, luta contra todos os tipos de câncer entre as mulheres e protege cônjuges viúvos. Quando alguém morre e deixa algum bem para o viúvo, as vezes a família vem e toma tudo. Mas agora essas pessoas são protegidas”, assegura a embaixatriz.
Um desfile de trajes típicos do Gabão revelou as peculiaridades e riqueza de cores em estampas e tecidos muito usados em diversas ocasiões. Os modelos brasileiros vestiam a “cara” do país.
Christina Pedra é presidente da Associação Comunidade Sustentável, que tem por missão promover o desenvolvimento social, cultural, com Ações educacionais, prática da cidadania, do voluntariado e solidariedade. Para tanto atende pessoas em vulnerabilidade social. O projeto Mão na Massa, capacita homens e mulheres a ter uma fonte de renda financeira, por meio da produção e venda de biscoitos e massas como pizzas. “Temos casos de pessoas que saíram das drogas e vivem da venda de biscoitos. Fruto do nosso trabalho”, conclui a presidente.
Parceira em algumas embaixadas, no evento do Gabão, Pedra organizou o desfile. O grupo de dança Ashanti foi montado há alguns anos e se apresenta em vários eventos. A coreografia das danças africanas, neste caso gabonesa, foram ensaiadas pelo dançarinos que assistiram apenas vídeos. “Eles aprendem e adaptam as danças típicas de cada país. A Julie enviou um vídeo de dança típica do Gabão para eles aprenderem, pois existem muitos tipos de dança na África”, revela a organizadora.
Com maquiagem étnica, as cores das roupas tradicionais e casuais da moda gabonesa, os modelos desfilaram em ritmo africano. “Elas são lindas. As roupas, as cores, as formas e as estampas alegres”, ressalta Cosette Ramos ao prestigiar o evento.
A culinária, idêntica à culinária brasileira em ingredientes, foi convite a um passeio ao continente que deu origem a maior parte da população brasileira. “Eu acredito que cada vez temos mais semelhanças do que diferenças”, declarou a embaixatriz do Gabão no Brasil.