A capital do País recebeu nesta terça (31) o título na categoria de design, pelo desenho do Plano Piloto, pelo desempenho dos profissionais que aqui atuam e pelas políticas públicas do Executivo local
DA AGÊNCIA BRASÍLIA
Brasília é uma cidade criativa do design. O reconhecimento foi dado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) nesta terça-feira (31). A capital foi uma das 64 escolhidas (de 44 países) nas sete áreas temáticas: artesanato e artes folclóricas, design, filme, gastronomia, literatura, artes midiáticas e música.
No design, foram Brasília e mais oito, entre elas Cidade do Cabo (África do Sul), Cidade do México (México), Dubai (Emirados Árabes Unidos) e Istambul (Turquia). Com a classificação, Brasília passa a integrar a Rede de Cidades Criativas da Unesco, que inclui 180 cidades de 72 países, como Buenos Aires (Argentina) e Xangai (China). A capital brasileira passa a ter acesso a um intercâmbio de projetos com os outros centros urbanos da área de design.
Também entraram para a rede hoje Paraty (RJ), na categoria gastronomia; e João Pessoa (PB), em artesanato e artes folclóricas. O reconhecimento vem no mesmo ano em que o Plano Piloto de Brasília completa 30 anos como Patrimônio Cultural da Humanidade, e o objetivo é mostrar a vocação da capital da República, projetada e nascida do design.
O governador Rodrigo Rollemberg comemorou a conquista. “Vamos aproveitar esse novo título para incrementar ainda mais Brasília como a cidade cultural, criativa, turística”, disse. “Brasília é fruto da criatividade, da genialidade e da capacidade de liderança de Juscelino Kubitschek, que soube reunir o que havia de melhor no talento brasileiro no urbanismo, na arquitetura e nas artes.”
Rollemberg lançou a candidatura de Brasília em 6 de junho. O reconhecimento por parte da organização internacional é objetivo do Plano de Turismo Criativo de Brasília. Para o secretário adjunto de Turismo, Jaime Recena, essa conquista muda a dinâmica do posicionamento de Brasília, tanto no âmbito do turismo quanto no da economia criativa. “É uma oportunidade única de trocar experiências com cidades do mundo inteiro e agregar valor a toda produção cultural e de design local”, enfatizou.
Ainda segundo Recena, é um título merecido para uma cidade que completa 30 anos como Patrimônio Cultural da Humanidade. “Os brasilienses devem se sentir representados com essa vitória”, destacou.