Ícone do futebol, o jogador e ídolo do Inter recebe a Ordem da Estrela da Itália
Reconhecido por sua trajetória no futebol e sua contribuição para os laços culturais entre Brasil e Itália, Paulo Roberto Falcão, 71 anos, foi homenageado com a Ordem da Estrela da Itália, uma das maiores honrarias concedidas pelo governo italiano a estrangeiros. A condecoração, entregue pelo embaixador Alessandro Cortese, aconteceu em uma cerimônia reservada nesta quarta-feira (4), na Embaixada Italiana, em Brasília.
A honraria é concedida após a chancela do presidente da República Italiana, Sergio Mattarella, sob recomendação do Ministro das Relações Exteriores, e destaca méritos de cidadãos italianos no exterior ou estrangeiros que promovem amizade e cultura italiana. Falcão marcou época como jogador da Roma nos anos 1980, quando ajudou o clube a conquistar o título italiano depois de 40 anos.
“Recebo essa honraria não só pelo que fiz dentro de campo, mas também pelo que fiz fora dele. Quando cheguei, o futebol italiano permitia apenas a inscrição de um jogador estrangeiro por time, o que tornava a adaptação difícil – a língua, os costumes, tudo era um desafio. Mas felizmente tive ajuda nesta adaptação graças aos meus companheiros de time, ao mister, o sueco Nils Liedholm, que também era estrangeiro, à diretoria e ao presidente Dino Viola. Porém, nunca me senti um estrangeiro na Itália. Foram cinco anos maravilhosos na Roma, um período de muito trabalho. Foi uma relação linda que construí ao longo dos anos”, afirma Falcão.
A história de Falcão já foi celebrada anteriormente em eventos como a exposição “Falcão, Ottavo Re” (“Falcão, Oitavo Rei”), realizada em 2019 na Embaixada do Brasil em Roma. A mostra incluiu uniformes históricos, fotos marcantes e painéis sobre sua carreira. Em 2012, ele foi integrado ao Hall da Fama da Roma, e, em 2017, foi tema do documentário “Quem era Falcão”, que narra sua transferência do Internacional para o clube italiano, em agosto de 1980.