Brasil tem novos chefes de missão na Geórgia, no Suriname, no Gabão, em São Vicente e Granadinas, na Turquia
A Comissão de Relações Exteriores (CRE) aprovou na quarta-feira (13) a indicação do diplomata Carlos Ricardo Martins Ceglia para o cargo de embaixador do Brasil na Geórgia. Segundo Ceglia, a chancelaria do país europeu prioriza o equilíbrio nas relações diplomáticas com dois blocos antagônicos, mas cruciais para aquele país: de um lado a Rússia e, de outro, o Ocidente. Carlos Ceglia é formado em Ciência Política pelo Instituto de Estudos Políticos na França e entrou no Itamaraty em 1983. Ele atuou em representações do Brasil em Brunei, Malásia e Turquia, entre outros.
O diplomata Felipe Costi Santarosa foi nomeado para o cargo de embaixador do Brasil no Suriname. Durante a sabatina, o indicado afirmou que a recente descoberta de jazidas petróleo no litoral surinamês deve gerar “um grande impacto econômico no país”. Nascido em Porto Alegre (RS) em 1969, Felipe Costi Santarosa ingressou na carreira diplomática em 1995. Ele já atuou em representações do Brasil na África do Sul, nos Estados Unidos e na Irlanda, entre outros.
Miguel Griesbach de Pereira Franco vai para o cargo de embaixador do Brasil no Gabão. Franco destacou que o país africanos passa por um momento de transição, após um golpe militar que destituiu o presidente Ali Bongo Ondimba e instituiu governo provisório. O diplomata afirmou que o país “olha o Brasil como parceiro e como horizonte a ser alcançado”. Lembrou que o Brasil desponta como parceiro comercial em termos de agricultura. Miguel Griesbach de Pereira Franco é formado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ingressou no Itamaraty em 1988 e atuou em representações brasileiras na Rússia e na Turquia.
O CRE aprovou ainda Ana Lélia Beltrame para embaixada em São Vicente e Granadinas. A indicada graduou-se em direito pela Universidade Federal de Santa Maria (RS) em 1975 e ingressou no Instituto Rio Branco em 1983. Os últimos cargos que ocupou foram o de cônsul-geral em Toronto, no Canadá (2016 a 2020) e, desde 2020, o de cônsul-geral em Rivera, no Uruguai. São Vicente e Granadinas é um país insular nas Pequenas Antilhas, ao leste do Mar do Caribe, São Vicente e Granadinas é uma monarquia constitucional parlamentarista e tem como base de sua economia o turismo e a agricultura.
A diplomata Gilda Motta Santos Neves irá chefiar a embaixada brasileira na Turquia. A indicação, feita pelo presidente da República, agora vai ser votada em Plenário. Gilda Neves afirmou que já morou na Rússia e que possui experiência para lidar com questões geopolíticas na região. É uma região onde ela viveu, sendo ministra-conselheira em Teerã [Irã] e em Moscou [Rússia]. “Somos dois países [Brasil e Turquia] que promovem e facilitam negociações de paz. Podemos articular juntos iniciativas de mediação, como já vimos aconteceu em 2010 com relação à questão nuclear iraniana”, disse ela.
Segundo Gilda Neves, o Brasil e a Turquia possuem 150 anos de relações bilaterais, que só foram intensificadas após os anos 2000, com reflexo na expansão do comércio entre os países. O Ministério de Relações Exteriores (MRE) estima que a comunidade brasileira residente na Turquia seja de cerca de 1.000 pessoas. Gilda Neves ingressou na carreira diplomática em 1996, e atualmente exerce a direção do Departamento de Organismos Internacionais do MRE. Ela já trabalhou, como conselheira, nas embaixadas brasileiras no Cairo (Egito), em Roma (Itália), em Teerã (Irã) e em Moscou (Rússia). Também foi diretora dos departamentos de Nações Unidas e de Comunicação Social do Ministério das Relações Exteriores.
Fonte: Agência Senado