Daniel Ortega, em seu anúncio, chama o governo israelense de “fascista e genocida”
A Nicarágua anunciou, nesta sexta-feira (11/10), o rompimento de relações diplomáticas com Israel. De acordo o governo de Daniel Ortega, a atitude é um ato de solidariedade com a Palestina. Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro do ano passado, o regime de Ortega vem criticando Israel. A decisão foi tomada depois de a Assembleia Nacional do país, controlada pelo ditador, ter aprovado uma resolução pedindo para que o governo sandinista adotasse essa medida.
“Em solidariedade permanente como povo e governo da Palestina, com os povos que sofrem martírios, a destruição e a barbárie e em estrita adesão ao direito internacional e às convenções que regem as relações civilizadas entre estados e governos do mundo, o governo da República da Nicarágua rompe todas as relações diplomáticas com o governo fascista de Israel”, disse o governo nicaraguense em nota.
A resolução aprovada na Assembleia Nacional chama o governo de Israel de “inimigo da humanidade” e a ofensiva israelense contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza de “atrocidade mais detestável do século XXI e uma das piores da história da humanidade”. A administração do ditador Ortega exigiu que todas as resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU) sejam cumpridas, e pediu a criação do estado da Palestina.
Controlado pelo Hamas, o Ministério da Saúde de Gaza afirma que mais de 42 mil pessoas morreram na faixa desde o início do conflito, mas não separa estatísticas de mortes de civis e de combatentes terroristas e seus números são contestados pelos Estados Unidos e por Israel. O documento aprovado pelos parlamentares sandinistas fala de “laços históricos de fraternidade [da Nicarágua] com o povo da Palestina”.
“Respeitamos o povo israelense que exige o fim deste massacre, da barbárie e dos crimes cometidos pelo nefasto governo e pelo exército sionista”, acrescenta a resolução, que pede a criação de um Estado palestino.