Paulo Afonso Ferreira
O Brasil tem apresentado sinais de melhoria em vários indicadores da economia. Não podemos nos acomodar e nem esmorecer, mas romper o sentimento daqueles que visam o “quanto pior, melhor”. Que imagem temos passado para o resto do mundo como nação? O momento é de diálogo, união e reconstrução de nossas bases econômica, política, social e institucional.
Estamos todos no mesmo barco e nossos concorrentes internacionais têm feito suas lições de casa, sendo exemplo de superação e cumprimento de deveres. Precisamos resgatar o sentimento de brasilidade, de patriotismo, de civismo, amor ao País, orgulho pelas empresas e confiança nas instituições. As crises e o passado devem ser vistos como oportunidades de aprimoramento. Voltemos nossos olhares para o futuro.
Somos uma nação democrática, temos riqueza natural, mineral, clima favorável, solo fértil. O que falta para sermos uma nação melhor? Temos condição de atrairmos investimentos, gerarmos emprego, renda e sermos um país mais próspero e produtivo.
São necessárias transformações urgentes na gestão pública, de modo a se resgatar a credibilidade em nossos representantes e nos poderes constituídos. A imagem de corrupção, violência, de guerra entre poderes, instabilidade política e econômica são fatores que causam insegurança e desinteresse na atração de investimentos. Más condutas precisam ser apresentadas à sociedade, cabendo aos poderes constituídos julgarem o que for necessário, mas é necessário valorizar e divulgar os bons exemplos.
O Brasil é maior do que seus problemas. Precisamos dar ênfase em fatos positivos, em nossas potencialidades, dedicação e zelo pela Pátria amada.O brasileiro é um povo alegre, criativo, trabalhador, que luta e almeja por dias melhores. Precisamos “vender” e transmitir o Brasil verdadeiro de oportunidades, de riquezas e como celeiro do mundo. Precisamos ter orgulho das nossas empresas e instituições, até mesmo para influenciar e estimular as novas gerações a serem líderes, autoridades, empreendedores e homens de bem.
As mudanças começam por nós mesmos, pelos atos mais simples que inspirem a ética e a moral. Essa cultura deve ser disseminada, pois as reformas e mudanças só ocorrerão por meio da sociedade organizada e da conscientização de que todos podem contribuir um pouco, por meio do cumprimento de seus deveres e dos bons exemplos.
Paulo Afonso Ferreira é vice-presidente da CNI e presidente do Conselho de Assuntos Legislativos da CNI