Governo colombiano retira diplomatas do país depois de Bahrein, Belize, Chade, Chile, Honduras, Jordânia e Turquia fazerem o mesmo em protesto contra a ofensiva israelense em Gaza.
A Colômbia irá retirar seus diplomatas de Israel depois que o presidente do país, Gustavo Petro, anunciou, no dia 1º, o rompimento das relações entre os dois países por causa da guerra. O dirigente colombiano, político de esquerda, é crítico declarado do conflito em Gaza. O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia não especificou a data em que seu corpo diplomático irá voltar ao país, mas disse que informaria a embaixada de Israel na Colômbia sobre a decisão. O comunicado do ministério também não explicou se os diplomatas israelenses terão que deixar a Colômbia.
O governo de esquerda de Gustavo Petro tem sido vocal contra a política genocida de Netanyahu, noticiou o corte e foi duramente atacado pelo chanceler sionista Israel Katz. De acordo com o comunicado oficial, os cidadãos colombianos em Israel irão continuar recebendo assistência e os serviços consulares ainda vão ocorrer na embaixada em Tel Aviv. Petro insistiu que a medida não visa o povo israelense, nem as comunidades judaicas. “Nos unem laços históricos e de amizade que persistirão”, afirmou. A operação militar de Israel em Gaza e os danos generalizados que causou foram citados como o principal motivo do rompimento das relações diplomática.
A Colômbia já expulsou diplomatas da embaixada da Argentina após Milei chamar Petro de ‘terrorista’. Em comunicado oficial, anunciou a decisão, porém sem especificar quais funcionários serão removidos.
Israel – Além da Colômbia, outros países romperam relações com Israel. Não foi só o governo de Gustavo Petro que cortou laços diplomáticos com o país. A Turquia anunciou, nesta quinta-feira (02) que iria cortar todas as relações econômicas com Israel, o que pode trazer um problema de abastecimento em petróleo para Israel.
A Bolívia rompeu os laços com Israel em 1º de novembro de 2023, em resposta aos ataques contínuos a Gaza. O governo boliviano descreveu as ações de Israel como “desproporcionais” e “crimes de guerra”. O Bahrein retirou seu embaixador do país e suspendeu relações econômicas com Tel Aviv.
JO governo de Belize anunciou, em novembro, que iria cortar as relações pelos “bombardeios incessantes e indiscriminados em Gaza”. A África do Sul retirou seus diplomatas já em novembro, um pouco antes de denunciar Israel pro genocídio e apartheid na Corte Internacional de Justiça da ONU. A Venezuela, desde 2009, não mantém relações diplomáticas quando o governo Chávez condenou as ações israelenses em Gaza.