Liz Elaine Lôbo
Fotos: Eliane Loin
Militares celebram 26º aniversário de atividades na defesa com promessa de continuidade do processo de modernização
Diversas atividades, em toda Angola, marcaram mais um ano de trabalho das Forças Armadas Angolanas (FAA), na segunda-feira, dia 09 de outubro. O ato principal das celebrações da data ocorreu na capital do país, Luanda, e foi presidido pelo ministro da Defesa Nacional, Salviano Sequeira. Na ocasião, ele garantiu que o órgão que dirige vai dar continuidade ao processo de renovação na área. Atualmente as Forças Armadas daquele país se beneficiam de um programa de potenciação e de aparelhamento técnico.
Em Brasília, a Embaixada de Angola comemorou, antecipadamente, com uma festa para os militares, no dia 06 de outubro, no Clube Naval.
Em seu discurso, o embaixador Manuel Cosme disse que “ao longo de 26 anos de existência, as Forcas Armadas Angolanas cumpriram com sucesso difíceis missões em defesa da integridade territorial, contra tentativas de invasões externas e em defesa do Estado de Direito e soberania nacional”. “Tudo isso foi conseguido graças a entrega, à coragem, ao espírito de sacrifício e acima de tudo ao sentimento patriótico de milhares de nossos combatentes”, afirmou.
De acordo com o diplomata, a presença de militares de várias nacionalidades era a expressão mais eloquente das excelentes relações de amizade e de cooperação existente entre a República de Angola e os seus países.
História – A 09 de Outubro de 1991, dentro dos Acordos de Bicesse, as ex-Forças Armadas Populares de Libertação de angola (FAPLA), do Governo e as Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA) do Movimento União Nacional para a Independência Total de Angola – UNITA, fundiram-se num Exército Nacional único, dando origem as Forças Armadas Angolanas – FAA.
Foi assim criado um exército único e republicano no âmbito do principio de subordinação à autoridade política. As FAA são apartidárias e obedecem aos órgãos de soberania competentes, respeitam a constituição e as demais leis da República de Angola. Os três ramos nas nossas Forças Armadas, o Exército, a Marinha e a Força Aérea, contam com mais de 100.000 homens e o sector da defesa em Angola representa 7,24% do OGE de 2017, equivalentes a cerca de 3 bilhões de Euros.
Angola conta com o apoio de parceiros estratégicos para levar a cabo a sua política de modernização das suas Forças, Armadas através do estabelecimento de uma cooperação que visa reequipar e potenciar as capacidades de defesa, sobretudo pela modernização das técnicas de combate e operacionalidade. Outrosim, o Governo angolano pretende avançar com a consolidação e reforço do processo de modernização das FAA, por meio de investimentos nas infraestruturas e nos recursos humanos para o alcance da excelência no domínio da técnica militar.
Cooperação bilateral – Angola e o Brasil cooperam no âmbito da Comissão Interministerial para a Delimitação e Demarcação dos Espaços Marítimos de Angola (CIDDMA), das indústrias de defesa e na formação de quadros militares nos mais variados domínios, assim como no nível da Zona de Paz e de Cooperação do Atlântico Sul (ZOPACAS).
No que refere à gestão dos diversos conflitos regionais e mundiais, Angola tem apelado a permanente troca de informações, dinamização e harmonização dos mecanismos de segurança com os vários países amigos, visando a consolidação da paz e estabilidade global. Na região central e na região austral de África, Angola não tem poupado esforços para o alcance de uma paz efetiva e duradoura, sobretudo na Região dos Grandes Lagos.