Brasil e Irlanda trilham caminhos parecidos no combate ao trabalho precário
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, recebeu nesta terça-feira (9) a embaixadora da Irlanda no Brasil, Fiona Flood, na sede do ministério, em Brasília (DF). A conversa teve como ponto central as ações desenvolvidas pelos dois países para o combate ao processo de precarização do trabalho, um fenômeno mundial, e as políticas para avanço do trabalho digno.
Durante o encontro, Luiz Marinho fez um balanço das várias frentes de trabalho no governo para estabelecimento de condições dignas de trabalho. Segundo ele, apesar dos avanços, é preciso um esforço concentrado para a oferta de salários maiores aos trabalhadores. Na avaliação do ministro, apesar do número de pessoas desempregadas estar caindo, a maioria dos postos está sendo ocupada com remunerações muito baixas.
Na ocasião, Flood, que assumiu o posto histórico de primeira mulher embaixadora da Irlanda no Brasil no ano passado, elogiou a melhoria dos indicadores de trabalho e emprego no primeiro ano do governo Lula e interesse em conhecer as possibilidades de políticas em desenvolvimento que possam ser replicadas em outros países.
A embaixadora apresentou uma panorâmica das principais dificuldades do seu país para a garantia dos direitos trabalhista, como falta de direitos básicos, principalmente estrangeiros. Segundo ela, são cerca de 70 mil brasileiros e brasileiras vivendo em Irlanda.
Flood destacou as ações desenvolvidas pela Comissão para as Relações no Local de Trabalho (WRC na sigla em inglês), criada e financiada totalmente pelo governo irlandês. Entre elas, a mediação das relações trabalhador/empregador, proporcionando o atendimento das expectativas dos dois lados em todo o país é um dos destaques.
“A precarização do trabalho é um problema em todo o mundo e a Irlanda não fica fora deste processo. O governo irlandês tem desenvolvido uma série de ações para a reversão deste quadro com a participação de todas as partes envolvidas”, declarou. “Os avanços conquistados são muito animadores”, contou ela.
Segundo Flood, a União Europeia teve papel fundamental para a garantia dos direitos trabalhistas na região. “A Irlanda ainda tem um diferencial por ser o único país do bloco a permitir o trabalho de estudantes estrangeiros vindos de fora, com direito a trabalhar até: 20 horas por semana durante o período letivo e 40 horas por semana nos feriados e férias.
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego