A Itália assume a partir desta segunda-feira (1º) a presidência do G7. A premiê italiana, Giorgia Meloni, deverá intensificar a luta contra a imigração ilegal, reforçar as sanções econômicas contra a Rússia, trabalhar para a paz no Oriente Médio e propor normas para regulação da Inteligência Artificial, segundo informações divulgadas pela agência ANSA.
A premiê deve detalhar as prioridades da presidência italiana nesta quinta-feira (4), durante uma coletiva de imprensa. Meloni já havia anunciado, em 10 de novembro, a organização de uma cúpula de chefes de Estado e de governo do G7 na Puglia, no sul do país, entre 13 a 17 de junho de 2024.
O fluxo migratório é uma das principais preocupações da Itália, que vem adotando medidas para conter a chegada de migrantes ilegais ao país e facilitar as expulsões. Em novembro, por exemplo, Giorgia Meloni anunciou um acordo com o premiê albanês, Edi Rama, para construir dois centros de migrantes na Albânia.
O objetivo é acolher requerentes de asilo resgatados pela guarda costeira do país, enquanto seus casos são analisados pelas autoridades. O acordo ainda deve ser aprovado pelo Parlamento antes de ser implementado.
Petróleo russo
O G7 também deve manter a pressão sobre a Rússia e reforçar o apoio à Ucrânia, segundo a imprensa italiana. O grupo anunciou no ano passado um endurecimento das regras em torno do teto de preços do petróleo russo, que deve ter um impacto negativo nas finanças russas. A Rússia registrou uma queda nas importações após a decisão.
A Itália também pretende organizar uma conferência sobre inteligência artificial (IA) no país em 2024, anunciou Meloni durante a Cúpula de Segurança das IA no Reino Unido, ocorrida em novembro. A data exata ainda não foi definida.
O G7 é formado pelos Estados Unidos, o Japão, a Alemanha, o Reino Unido, o Canadá, a Itália e a França.
Fonte: RFI