Por Rachel A Nariyoshi
A argentina Lorena Londero, ganhou o prêmio Innovar do Ministério de Ciência e Tecnologia, por seu produto que aproveita o bagaço da uva, descartado da indústria do vinho. O suplemento alimentar possui inúmeras propriedades benéficas à saúde e pode ser preparado em combinação com bebidas e refeições e é rico em resveratrol e minerais.
A distinção do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação da Argentina foi compartilhada entre o projeto de Lorena Londero e outros cinco. Após três dias intensos de exposição em Buenos Aires, a jovem empreendedora de Colonia Caroya/Córdoba retornou à sua cidade, com diploma e estatueta, após ter sido premiada na 18ª edição dos Prêmios Innovar.
O projeto da farinha de uva aproveita o bagaço que não é utilizado na elaboração do vinho e o converte num subproduto com inúmeras propriedades saudáveis. O Ministério da Ciência argentino publicou sobre a farinha de uva, o produto de Lorena: “um suplemento nutricional com grandes quantidades de antioxidantes, incluindo o resveratrol. Contém ferro, magnésio, manganês, fibra, cobre, ômega e outros.”
O mérito do prêmio para Lorena Londero é que ela participou de uma categoria na qual foram apresentados 74 projetos de toda a Argentina, dos quais foi feita uma pré-seleção de 27, para deixar 12 na exposição final, dos quais 6 foram premiados.
O júri incluiu celebridades da ciência argentina, com mestrado e doutorado, que se misturaram ao público e interagiram anonimamente com os participantes antes de decidirem sobre as distinções. “Nem sabíamos que eles faziam parte do júri. Reconheci quem me entregou o prêmio como uma das pessoas que passou pelo meu estande”, disse Lorena alegremente.
Depois de ter parado o empreendimento por um ano, devido a uma viagem à Itália onde avaliou se haveria mercado para sua farinha, voltou à Argentina com todo o entusiasmo e decidiu se envolver na incubadora de empresas em Córdoba.
E são sobretudo os retornos que ela tem pelo produto que a incentivam a seguir em frente: “Todos os clientes que experimentaram compram e validam o que dizemos sobre o produto. E no nosso público tem de tudo um pouco, entre curiosos, gente que vem com recomendações e quem já virou cliente.”
Lorena Londero está cursando o Diploma de Competências Empreendedoras na Siglo XXI Business University e participando do Programa Transformative Women. Ela começou a pensar na possibilidade de transformar bagaço de uva em farinha após receber o diagnóstico de que estava desenvolvendo uma doença autoimune e ouviu falar dos benefícios potenciais do produto. “Comecei a consumir, vi que me fazia bem e isso me levou a querer prepará-lo para todos que precisam”, destacou Lorena.
A premiação do Ministério da Ciência Nacional servirá de impulso para Lorena Londero continuar avançando na divulgação do produto e de seus benefícios.
@rachelalves.professoravinhos