Fiona Murphy mostra todo o talento no registro dos monumentos da capital, principalmente nos trabalhos de Oscar Niemeyer, Burle Marx e Athos Bulcão
A beleza da arquitetura de Brasília ganhou a admiração da irlandesa Fiona Murphy. Assim, foi nela que a artista plástica passou a se inspirar para pintar seus quadros com os azulejos e a singularidade de cada construção. Uma exposição que reúne 34 obras que revelam a paixão de Murphy pela capital federal foi aberta, no dia 10, no hotel Golden Tulip. Nas obras, a artista revelou que o céu e a arquitetura, em especial os edifícios “retro-futuristas”, que estimularam bastante o seu processo criativo.
Em cada quadro, os convidados conferiram os elementos e as construções arquitetônicas que inspiraram a ex-professora de artes visuais da Escola Americana de Brasília (EAB). Contudo, as cores usadas pela artista exploram um novo olhar. O paisagismo de Burle Marx e as estampas dos azulejos de Athos Bulcão também tiveram forte influência nas pinturas de Murphy
“Desde que eu cheguei aqui — há 11 anos — fiquei impressionada com as formas de Oscar Niemeyer. Tão simples, mas as curvas, as sombras que os edifícios fazem, em contraste com o céu bem azul me encantaram. Eu pensei: ‘É isso que eu quero pintar’, e todos os dias tirava fotos”, detalhou.
A exposição, prestigiada por muitos diplomatas foi embalada por música clássica. A pianista norte-americana Jennifer Heemstra, a violinista Cristiane de León e o violoncelista Pedro Bielschowsky comandaram a ocasião. A mostra “Olhos da Artista Irlandesa” fica aberta ao público até o dia 10 de dezembro e o acesso é gratuito.