O embaixador da Libia em Brasília, Osama Sawan, visitou a sede da Câmara Árabe-Brasileira junto com o presidente da Libyan Iron & Steel Company, Mohamed Abdulmalek.
Bruna Garcia Fonseca – ANBA
O embaixador da Líbia em Brasília, Osama Sawan, disse que as relações comerciais entre os dois países melhoraram após uma estagnação durante a Covid-19 e um momento de estabilização na Líbia.”As eleições presidenciais serão realizadas em breve, e este é o fator-chave para a mudança estratégica da economia na Líbia”, disse Sawan à ANBA durante visita à sede da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (ABCC) nesta terça-feira (31). O diplomata disse que seu país está estrategicamente localizado e é um elo na região, com uma longa costa e grandes portos. O Brasil tem quase 50 anos de relações diplomáticas com a Líbia.
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é amigo da Líbia. Ele visitou o país em várias ocasiões, e esperamos que a embaixada do Brasil volte a operar em Trípoli em vez da Tunísia. Várias embaixadas já voltaram”, disse.Sawan vê oportunidades para o Brasil importar petróleo e produtos petroquímicos da Líbia e exportar alimentos, produtos industrializados e ferro bruto. Ele acredita que um grande obstáculo nas relações comerciais são os transportes, os custos e a burocracia. Os produtos brasileiros agora vêm via Barcelona, Gênova ou Dubai.
Em 2022, o Brasil exportou US$ 320 milhões para a Líbia, principalmente aves, minério de ferro e carne bovina. O Brasil não registrou importações da Líbia em 2022, mas outros anos viram importações de petróleo e derivados. Durante a visita à ABBC, o embaixador esteve acompanhado do presidente da Libyan Iron & Steel Company (LISCO), Mohamed Abdulmalek. Na foto, Sawan (C) e Abdulmalek (R).
Eles foram recebidos pelo presidente da ABCC, Osmar Chohfi, pelo vice-presidente de Relações Internacionais, Mohamad Orra Mourad, e pela analista de Relações Institucionais, Elaine Prates.Abdulmalek disse que a siderúrgica líbia é uma grande compradora de matérias-primas do Brasil e planeja começar a contar com os serviços de certificação da ABCC. O país também extrai minério de ferro em sua região sul e precisa de expertise e investimentos para estudar a matéria-prima.
Traduzido por Guilherme Miranda