De acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, bloco já recebeu pedidos de 22 nações para ingressar no grupo. Oito deles são árabes. Cúpula dos Brics ocorre neste mês em Joanesburgo e terá presença de líderes do Oriente Médio.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que 22 países já manifestaram formalmente interesse em integrar o Brics, grupo formado até o momento por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O número foi apresentado nesta quarta-feira (16) pelo secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, Eduardo Paes Saboia, durante um briefing sobre a viagem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará para África do Sul, Angola e São Tome e Príncipe.
Segundo informações publicadas na mídia do Oriente Médio, dos 22 países que solicitaram ingressar no Brics, oito são árabes: Argélia, Bahrein, Egito, Kuwait, Marrocos, Palestina, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Em Joanesburgo, África do Sul, Lula participará, entre os dias 22 e 24 de agosto, da 15ª Cúpula do Brics. De lá, segue para Angola e depois para São Tomé e Príncipe.
De acordo com o embaixador Saboia, a reunião de cúpula do Brics contará com a participação de 40 chefes de governo ou de Estado dos continentes africanos e asiático, além de América Latina e Oriente Médio. Será a primeira reunião presencial dos líderes do Brics pós pandemia.
O embaixador destacou algumas questões que deverão pautar a reunião entre os representantes do bloco. Uma delas, relativa à entrada de novos integrantes. “Serão discutidos critérios e princípios a serem adotados para embasar a entrada de novos membros no grupo”, disse. Saboia lembra que este não é um tema novo. “Desde 2011 discute-se como seria a interação com países de fora do bloco”.
A guerra entre Rússia e Ucrânia, segundo o embaixador, deverá ser discutida apenas internamente, durante o chamado “retiro”, quando os chefes de Estado e de governo do Brics se encontrarão de forma fechada. Outra questão a ser discutida pelo grupo será o uso de moedas locais ou de uma eventual unidade de referência do Brics para transações comerciais. “É provável que haja algum resultado nessa área”, antecipou Saboia.
Fonte: ANBA