Procura dos turistas brasileiros pelos destinos portugueses traduziu-se em quase um milhão de diárias na primeira metade deste ano. O Brasil é o mercado emissor de turistas estrangeiros que mais cresce.O número de dormidas de turistas brasileiros nos hotéis portugueses no primeiro semestre ascendeu a 951 mil, com um crescimento de 55,4% em comparação com a primeira metade do ano passado, indicam os dados publicados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Considerando apenas junho, o turismo brasileiro em Portugal cifrou-se em 193 mil dormidas, mais 55% do que em junho de 2016.O Brasil voltou a registar a maior taxa de crescimento entre os principais mercados emissores de turistas estrangeiros para Portugal, acima dos aumentos de 36% no turismo polaco em Portugal e de 31% no turismo norte-americano no mercado luso.
Embora continue a crescer a um ritmo elevado, a procura dos brasileiros pelos destinos portugueses não é ainda suficiente para fazer o Brasil subir na lista dos maiores mercados emissores.O maior emissor de turistas estrangeiros para Portugal em junho foi o Reino Unido, que gerou 1,1 milhões de dormidas, seguido da Alemanha (com quase 598 mil dormidas), França (423 mil), Espanha (310 mil), Holanda (259 mil) e Irlanda (238 mil).
Em sétimo lugar surge o Brasil (com as referidas 193 mil dormidas em junho), que é também o maior mercado emissor de turistas de fora da Europa, suplantando as 176 mil dormidas geradas pelos cidadãos dos Estados Unidos da América.
Os dados do INE revelam que em junho os hotéis portugueses registaram 1,5 milhões de dormidas de turistas nacionais (recuo de 0,2% em termos homólogos) e 4,4 milhões de turistas estrangeiros (crescimento de 11%). No total do primeiro semestre o turismo doméstico cresceu 4,3%, para 6,6 milhões de dormidas, e o turismo internacional aumentou 11,6%, para 18,7 milhões de dormidas.
Esta atividade traduziu-se em receitas hoteleiras de 350 milhões de euros em junho, 18,3% acima do verificado em igual mês do ano passado, e de 1,39 mil milhões de euros no conjunto do primeiro semestre, 18,9% mais do que no ano passado.A taxa média de ocupação em junho ascendeu a 61,3% (mais 3,8 pontos percentuais do que há um ano) e no primeiro semestre ficou em 46,8% (3,6 pontos acima do registado na primeira metade do ano passado).