Foto: Henry Nicholls/Reuters
Boris Johnson, o primeiro-ministro do Reino Unido renunciou nesta quinta (7), em meio a uma avalanche de crises e abandonado por aliados. O político ainda tenta permanecer no cargo até que um novo líder do Partido Conservador seja escolhido, o que deve acontecer nos próximos meses. Esta possibilidade não deve ser aceita pela oposição e por alguns membros de sua legenda. Boris sobreviveu a vários momentos de tensão. Principais meios de comunicação britânicos já apontavam a queda do primeiro-ministro como certa.
Desde o negacionismo diante do surgimento da Covid à descoberta de que sabia e nada fez para tirar um hoje acusado de assédio sexual da tarefa de garantir a disciplina parlamentar de seu partido, o ex-premiê deixa o cargo impopular e constrangido por aliados, como a debandada em série de seu governo mostra.
Nos últimos dias, dois secretários de peso, Rishi Sunak e Sajid Javid, das Finanças e de Saúde, puxaram a fila de renúncias, seguida por mais de 50 membros de sua gestão. A pressão cresceu na quarta (6), quando um grupo de pessoas próximas a ele, entre as quais outros ministros, foi até Downing Street para pedir que Boris enfim cedesse, encerrando um período de quase três anos à frente do Reino Unido.